Especialista em alta performance e produtividade, Tathiane Deândhela, aponta cinco dicas para melhorar a comunicação no ambiente corporativo
Seja para melhorar o seu posicionamento com a sua equipe de trabalho ou até mesmo para se destacar em uma entrevista de emprego, o fato é que a comunicação está no topo do ranking das soft skills mais procuradas no ambiente corporativo. É o que revela uma pesquisa recente da empresa global de recrutamento, ZipRecruiter. O relatório, intitulado “The Job Market Outlook for Grads”, aponta que 6,1 milhões de empregos listam comunicação como uma habilidade importante. Entre as outras soft skills procuradas, estão a gestão de tempo, o pensamento analítico, a habilidade de resolver problemas, e a proatividade – em último lugar.
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Além disso, uma pesquisa recente da plataforma LinkedIn revelou que a comunicação é a segunda soft skill mais requisitada, ficando atrás apenas da liderança. Para a especialista em produtividade e alta performance, Tathiane Deândhela, a maneira como o colaborador transmite a sua mensagem, em especial no mercado de trabalho, é um diferencial competitivo.
“Vivemos na era da informação e se comunicar virou mais do que apenas conversar com os colegas de trabalho, família, amigos, vizinhos. Saber se expressar de forma assertiva e confiante também se tornou uma habilidade essencial no ambiente corporativo e para quem busca uma recolocação profissional. Claro que comunicação não é apenas o que você fala, mas um conjunto de elementos que diz muito sobre quem você é. É preciso deixar claro que ter habilidade de comunicação não depende de um dom. A comunicação é uma habilidade treinável, capaz de ser um divisor de águas na vida das pessoas. É uma ferramenta de transformação”, ressalta a autora do best-seller “Faça Sua Comunicação Enriquecer Você” lançado neste mês de agosto pela Editora Gente e que já soma mais de 3750 cópias vendidas.
Deândhela explica ainda que são muitas as habilidades de comunicação que podem ser treinadas até serem dominadas, mas existem quatro delas que são essenciais para se alcançar bons resultados: escuta ativa, empatia, comunicação não verbal e comunicação verbal. “A escuta ativa refere-se a quando ouvimos atentamente o interlocutor: o que e como ele diz, observando sempre a sua linguagem corporal e o tom de voz. Já a empatia é usada, basicamente, quando nos colocamos no lugar do outro para compreender suas motivações e seus desejos e razões. A comunicação não verbal refere-se à transmissão da mensagem por meio de gestos, sinais e indicações, enquanto a comunicação verbal, ressalta quando nos comunicamos por palavras, que tipo de linguagem usamos, o volume nossa voz, o timbre etc.”, explica a especialista em comunicação.
Diante desse cenário, Tathiane Deândhela lista abaixo cinco dicas para que o colaborador possa ter uma comunicação mais assertiva no seu ambiente de trabalho e que gere confiança em uma entrevista de emprego:
- Use palavras e expressões que passem mais segurança:
“Em vez de eu acho, talvez e quem sabe; colocações que geram insegurança, troque-as nas suas apresentações e entrevistas por expressões mais confiantes, como: com certeza, eu penso e eu acredito. As informações que você fala ganham muito mais relevância com a escolha correta das palavras e expressões”, explica a especialista.
- Fique atento ao tom de voz que você utiliza no seu discurso:
“Um tom de voz mais infantil e agudo gera falta de credibilidade em suas falas. Para reverter isso, uma boa alternativa é procurar profissionais especializados em voz, como um fonoaudiólogo, a fim de melhorar o posicionamento da sua voz. Entonações mais graves, por exemplo, geram mais credibilidade no discurso”, reforça a palestrante.
- · Seja entusiasmado nas suas falas:
“As pessoas devem mostrar um “brilho nos olhos” quando falam. Quando você fala algo, precisa acreditar naquilo que está sendo dito, ou seja, defender aquela ideia de maneira entusiasmada, para que as pessoas “comprem” você e sua ideia. Nessa hora, utilizar uma comunicação persuasiva, é a melhor ferramenta”, ressalta Tathiane.
- Use gestos para transparecer convicção:
Deândhela, que é mestre em liderança pela Universidade de Atlanta, conta que em seus estudos sobre o tema, analisou quais gestos os grandes líderes da humanidade usavam para demonstrar convicção em seus discursos. “O ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, quando falava assuntos mais incisivos, fazia com as mãos um gesto como se estivesse batendo um martelo para mostrar certeza e convicção em sua fala. Esse é um ótimo exemplo de um gesto que reforça, de forma positiva, o seu discurso”, orienta.
- Evite vícios de linguagem e gestuais:
“Aqui entram expressões como: é, né, ah, entre outras. Sobre os gestos, vale lembra que eles têm a função de emoldurar o que se está falando, mas que gestos repetitivos e exagerados podem ficar cansativos e sem sentido em um discurso e até atrapalhar o foco da atenção do ouvinte. Ou seja, quando não usados com moderação, os gestos e vícios de linguagem acabam poluindo a comunicação na medida que os ouvintes prestam mais atenção neles do que no seu discurso”, explica a autora do best-seller “Faça Sua Comunicação Enriquecer Você”.