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Mundo RH

Conciliar carreira e maternidade ainda é desafio para muitas mulheres no Brasil

Redação Mundo RH
Por Redação Mundo RH
12/05/2025
285 Views
12/05/2025
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Pesquisa revela que 50% perdem o emprego até 24 meses após a gestação; na contramão dessa realidade, mãe assume cargo de Gerente Sênior de Recursos Humanos na América Latina.

Conteúdo
Pesquisa revela que 50% perdem o emprego até 24 meses após a gestação; na contramão dessa realidade, mãe assume cargo de Gerente Sênior de Recursos Humanos na América Latina.Tempo de qualidade é essencialConstante busca por desafios

Com a chegada da maternidade, conciliar os cuidados com o bebê, a vida pessoal e a profissão torna-se um desafio para muitas mulheres. Após a licença-maternidade, retornar competitivamente ao mercado e manter a trajetória profissional acaba sendo, para muitas, uma missão quase impossível.

Uma pesquisa realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) revela que 50% das profissionais ficam desempregadas até 24 meses após a gestação. O estudo aponta que a maior parte desses desligamentos ocorre sem justa causa e por iniciativa do empregador.

Quando olhamos para os cargos de liderança, segundo a pesquisa Women in Business (Mulheres nos Negócios), realizada pela consultoria Grant Thornton, apenas 30% das posições de liderança sênior no Brasil são ocupadas por mulheres.

Na contramão desse cenário, Lívia Fernandez Netto Morais, mãe da pequena Manuela, acaba de assumir o cargo de Gerente Sênior de Recursos Humanos (RH) para a América do Sul na Culligan, líder global em soluções de tratamento de água.

Mesmo diante dos desafios da maternidade, Lívia conseguiu conciliar carreira e maternidade graças a uma sólida rede de apoio e ao ambiente acolhedor proporcionado pela empresa onde atua.

Lívia iniciou sua trajetória como analista e generalista em grandes empresas até chegar à Culligan em maio de 2024, com o objetivo de desenhar as estratégias de RH no Brasil, atuando nas áreas de Operações de RH, Desenvolvimento Humano Organizacional, Comunicação Interna, Saúde, Segurança e Meio Ambiente. Diante do seu desempenho de destaque, foi promovida, em março de 2025, ao cargo de Gerente Sênior de RH para toda a América Latina.

“Os desafios são muitos, ainda mais por causa das viagens. Ao mesmo tempo em que quero crescer na carreira, também quero ser o melhor exemplo de mãe para minha filha. E sinto que tenho feito um ótimo trabalho ao equilibrar essas duas funções. Meu coração dói toda vez que preciso me despedir para uma viagem, mas, por outro lado, ele se aquece ao saber que tudo ficará bem, pois conto com uma excelente rede de apoio”, relata.

A executiva admite que já pensou em desistir da carreira para se dedicar exclusivamente à maternidade.

“Mas sempre chego à mesma resposta: não! Um dos motivos é o amor pelo que faço. Quando estou trabalhando, me sinto feliz, animada, engajada — e vejo muitas oportunidades de crescimento pessoal e espiritual diante das adversidades e novidades que o ambiente corporativo proporciona. Com isso, acredito que estou sendo um bom exemplo para minha filha no futuro”, declara.

Tempo de qualidade é essencial

A oportunidade de assumir um cargo de liderança em plena fase de maternidade representa um dilema comum para muitas mulheres ao redor do mundo. No entanto, Lívia encontrou uma forma de se dedicar plenamente às duas funções.

“Para mim, o mais importante é o tempo de qualidade. Quando estou com a Manu, me entrego 100% ao momento. Depois que me tornei mãe, me sinto muito mais forte e confiante para enfrentar qualquer desafio. A maternidade me ensinou muito — principalmente a ser mais leve, entender que não podemos controlar tudo, viver o presente e dar o meu melhor. Uma criança fica doente mesmo com todos os nossos cuidados. O mesmo vale para o mundo corporativo. Para entregar um projeto, é preciso planejamento e flexibilidade quando algo não sai como esperado”, reflete.

Constante busca por desafios

Nesta nova fase da carreira, Lívia traz consigo o desafio de implementar programas e projetos alinhados às estratégias globais e da região LATAM nos países da América do Sul: Brasil, Colômbia, Paraguai e Chile.

“Agora meu plano é garantir que os processos de RH estejam bem estruturados em todos os países da região, além de atuar como coach da liderança para desenvolver e reter nossos talentos internos”, finaliza.

Fontes:
https://www.deloitte.com/br/pt/services/consulting/research/pesquisa-mulheres-trabalho.html
https://repositorio.fgv.br/items/e84546b2-5957-4e99-8197-c7f7f1ace4c6

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