No próximo domingo (09), será celebrado o Dia das Mães e as trabalhadoras que também são mães constituem um dos grupos que mais tem sentido os duros impactos da quarentena. Diante deste cenário, o home office com filhos desponta como o ponto mais crítico para 38% dos entrevistados em um levantamento realizado pela Robert Half, com o intuito de compreender qual a percepção dos profissionais a respeito dos desafios enfrentados por essas trabalhadoras, além das melhores práticas, por parte das empresas, para demonstrar apoio às profissionais.
“A decisão de ter filhos não deveria ser motivo de preocupação profissional. Por outro lado, não podemos negar que conciliar o trabalho e as demandas dos filhos, especialmente no período de isolamento social e quarentena, é ainda mais desafiador”, comenta Carolina Cabral, Gerente Sênior de Recrutamento da Robert Half.
Ainda em relação aos desafios, após o home office com filhos, os respondentes (26%) indicaram o cuidado com a saúde mental como ponto de atenção, 18% apontaram a falta de tempo para cuidar de si e outros 18% escolheram a falta de empatia dos gestores.
Em relação à atuação das empresas, mais da metade (54%) dos respondentes disseram que a melhor forma de demonstração de apoio às trabalhadoras que são mães é com a realização de jornadas de trabalho flexíveis. Em linha com o relatório Demanda por Talentos no Cenário Atual, que já havia indicado que para 65% dos profissionais brasileiros a melhor saída para aliviar o peso da jornada de trabalho é o modelo flexível. Em seguida, “empatia, empatia, empatia” aparece como melhor forma de cuidado para 38% dos participantes.
“Não há dúvidas de que as empresas estão se atentando mais às questões associadas à desigualdade de gênero, que ainda predomina no mercado de trabalho. No entanto, para além da simples abertura de vagas, é preciso adotar estratégias de retenção e desenvolvimento de carreira para as profissionais que já estão dentro das empresas. Para isso, um caminho interessante é oferecer benefícios que ajudam a mulher a se adaptar melhor ao novo momento da vida, como as jornadas de trabalho flexíveis. O foco aqui é garantir que as demandas continuem sendo entregues com excelência, mas de uma forma que seja mais empática e confortável para a mulher que também é mãe”, completa a executiva.
As pesquisas foram realizadas pelo perfil oficial da Robert Half no Linkedin entre os dias 23 e 30 de abril de 2021. Ao todo, 2.379 profissionais participaram da sondagem.