Procurar por ajuda profissional nos primeiros sintomas e dificuldades pode ser uma forma efetiva de prevenção
Tristeza constante, descontentamento, problemas relacionados ao sono, sensação de incapacidade diante das demandas de trabalho. Além de sintomas já bem conhecidos da depressão ou da ansiedade, eles também podem indicar que alguém possa estar sofrendo com a síndrome de burnout.
O psicólogo da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo Caio Vianna explica que a síndrome pode afetar a todas as pessoas que desempenham uma atividade ocupacional. “Essa síndrome pode ocorrer por conta de um excesso de demandas, em pessoas que trabalham por longas jornadas ou em dois empregos ou até mesmo quando a atividade envolve grandes responsabilidades, excesso de cobranças ou em ambientes muito competitivos”, explica.
Veja 5 sinais que precisam ser analisados com atenção:
Cansaço excessivo, físico e mental
Por muitas vezes, os sinais extrapolam o psicológico. Fique atento quando, além do cansaço mental, apresentar sinais como dores constantes e um esgotamento físico difícil de recuperar.
Problemas relacionados ao sono
Um dos sintomas da síndrome de burnout é a insônia ou o excesso de sono. A falta de sono pode aparecer durante a noite e, durante o dia, o sono pode aparecer em momentos de produtividade.
Depressão e ansiedade
É comum a sensação de que nada irá dar certo e deixar com que a negatividade tome conta dos pensamentos. Além disso, a sensação de ser sempre incapaz para a função desempenhada desencadeia sensações de estar sempre “devendo algo” ou a atitude de não conseguir se desligar de prazos.
Distanciamento da vida pessoal
O cotidiano da pessoa que vive com a síndrome de burnout é drasticamente afetado. Os sintomas como ansiedade, tristeza constante, irritabilidade, entre outros, fazem com que o indivíduo não se comporte mais como costumava e, consequentemente, acabe se afastando do círculo social.
Falta de prazer nas atividades
As práticas que antes eram desempenhadas com prazer e facilidade se tornam cansativas e difíceis de serem completadas.
Caio Vianna, psicólogo da BP, explica que procurar por ajuda profissional nos primeiros sintomas e dificuldades pode ser uma forma efetiva de prevenção. “Fazer uma reflexão sobre as prioridades da vida pode ajudar a prevenir crises mais intensas. Apesar de importantes, a vida ocupacional e de trabalho não deve ser o único campo da vida a ser cuidado”, finaliza o profissional.