Até onde vão as responsabilidades das empresas em proteger seus clientes de fraudes online?
Em meio a um mercado crescente de compras online, onde promoções e descontos atraentes são quase diários, os consumidores devem ficar atentos. No último dia 16 de agosto, um consumidor, ao aproveitar a promoção de aniversário da Leroy Merlin, experimentou o amargo gosto da fraude.
Tentado por uma oferta, o consumidor comprou duas cadeiras modelo presidente. O pagamento foi efetuado via PIX, uma modalidade que tem ganhado destaque por sua rapidez e praticidade. Tudo parecia correr bem até que um e-mail chegou, confirmado o pagamento da compra.
No entanto, dois dias depois, ao acessar o site da Leroy Merlin para verificar o status do pedido, não havia registro da compra. Alarmado, o cliente procurou a assessoria de imprensa da empresa em busca de esclarecimentos.
O retorno, no entanto, foi surpreendente. Em resposta, foi fornecido um número de telefone da Leroy Merlin, através do qual o cliente foi informado de que havia sido vítima de uma fraude. A empresa alegou que não tem responsabilidade sobre o incidente e, consequentemente, não iria reembolsar o valor.
Esse caso serve como um alerta para todos os consumidores. Em um cenário onde a digitalização das transações é uma realidade, a segurança deve ser uma prioridade. Especialistas aconselham verificar sempre a URL do site, evitando clicar em links de e-mails promocionais sem antes confirmar a autenticidade e nunca compartilhar dados pessoais ou bancários sem ter certeza da origem do pedido.
Em nota enviada para a nossa redação, a Leroy Merlin se defende: “A LEROY MERLIN lamenta o ocorrido e esclarece que o site em que a compra foi realizada é uma página falsa. Esta utiliza o nome de marcas reconhecidas para aplicar golpes. A companhia já está ciente dessa situação e tomou as medidas legais necessárias com o intuito de evitar mais prejuízos a possíveis vítimas.”.
Diante desta nota, o consumidor que caiu em um golpe online expressou sua frustração em relação à Leroy Merlin. Segundo ele, a empresa deveria ter sido mais ágil e emitido uma nota no mesmo dia alertando os clientes sobre o esquema fraudulento em seu nome. A vítima ainda instigou a companhia a intensificar suas políticas de segurança online para proteger os consumidores e a reputação da marca.