A pandemia trouxe uma série de mudanças no âmbito da saúde de forma geral e, principalmente, em setores como a saúde suplementar e o mercado de seguros, aumentando a demanda B2B por produtos como seguro de vida e planos de saúde e dental para trabalhadores. Isso porque tais benefícios têm contribuído para que as organizações – em especial as pequenas e médias empresas (PME) – consigam atrair e reter talentos em suas equipes, além de garantir a qualidade de vida dos trabalhadores e, consequentemente, a produtividade e crescimento dos negócios.
O relatório Conjuntura nº 66, divulgado em março pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg) e referente a janeiro deste ano, o segmento de pessoas evoluiu 11,4% nos 12 meses móveis, registrando uma arrecadação de mais de R$ 192 bilhões, neste período. Já a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou em fevereiro que, até dezembro, o segmento seguiu em crescimento e totalizou quase 49 milhões de usuários de planos de assistência médica e mais 29 milhões nos planos exclusivamente odontológicos.
Nos planos de saúde, segundo a ANS, houve um crescimento de mais de 1,5 milhão de beneficiários, aumento de 3,18% em relação a dezembro de 2020. Nos odontológicos, o incremento foi da ordem de mais de 2,5 milhões de usuários em um ano, alta de 9,61% no período. Comparando 2021 com 2020, até o 3º trimestre desses anos a arrecadação variou 8,1%, passando de R$ 168,2 bilhões para 181,7 bilhões.
A head de Benefícios da corretora Finlândia, Fernanda Nehlaoui Machado, também defende que a pandemia – somada às dificuldades de fidelizar mão de obra qualificada no Brasil – têm estimulado a procura desses produtos pelas empresas. “A oferta de planos de saúde e odontológicos e de seguro de vida para empregados e seus dependentes é muito valorizada no mercado de trabalho. E isso tem sido um diferencial competitivo no âmbito de Recursos Humanos para atração e fidelização de talentos nas organizações do setor privado. E essa demanda vem se fortalecendo ano a ano”, reforça a especialista.
Mercado promissor
Atenta a esse crescimento da demanda, desde o início de 2021 a Finlândia – líder em Seguro Garantia com capital 100% nacional, com foco nas PME – tem mirado a vertical de Benefícios (com seguro de vida e planos de saúde e odontológicos), como forma de ampliar seu portfólio e se consolidar no mercado como a maior corretora multimercados e multisseguros do Brasil.
Investir neste segmento possibilitará à corretora se tornar ainda mais atrativa para clientes e operadoras de saúde. “É um mercado em desenvolvimento, que foi bruscamente impulsionado pela pandemia. Nossa expectativa é de que, até o fim de 2022, tenhamos entre 15% e 20% da nossa carteira de clientes convertida para Benefícios”, detalha Fernanda.
De acordo com o CCO da Finlândia, Daniel Salvador, trata-se de uma vertical que cresce, em média, 6% ao ano e que representa 32% do mercado de seguros. “Nossa projeção é dobrar a nossa produção nos próximos 3 anos, pois estamos entrando em um mercado 18 vezes maior do que atuamos até 2020. O investimento em benefícios, representa, hoje, o 2º maior custo das organizações. Além disso, as áreas em que passamos a atuar tem participação de 47% do mercado de Benefícios. É um segmento muito promissor”, pontua o executivo.