Quarentena antecipou uma tendência iminente: o setor como protagonista durante e depois de uma recessão em que a qualidade do fluxo de informação e relacionamento com colaboradores são essenciais
Em meio a um período que a reinvenção do cotidiano de trabalho passa a ser obrigatória, alguns paradigmas estão sendo quebrados de forma extremamente rápida nas empresas. Quem resistia a investir na eficiência e em uma nova visão sobre a comunicação interna está passando por maiores dificuldades e sofrendo maiores impactos nos negócios e se deparando com um dilema talvez nunca feito: o quanto meu negócio está perdendo ao não investir na comunicação com meus colaboradores?
A resposta para essas questões está sendo de forma silenciosa, na maioria das empresas que enxergam a importância da comunicação interna enquanto uma área estratégica e vital para a saúde do negócio. Cada vez mais, há um consenso que investir em comunicar não é custo: é uma necessidade evidente, ainda mais em um cenário de trabalho à distância e mudança de cenário quase diário, em muitos setores, acelerada pela crise gerada pelo novo coronavírus.
Quando falamos de modernidade, trata-se de uma estratégia por trás desse trabalho; comunicar envolve, também, mensurar e avaliar a qualidade daquilo que foi transmitido. Em empresas que prezam pelos seus valores, entender a forma que as informações são avaliadas é ouro.
Assim como na publicidade, em que as marcas fazem grandes investimentos para entender e acompanhar as novas dinâmicas culturais da nossa sociedade, traduzindo essa pesquisa com uma linha de diálogo alinhada aos novos formatos e modelos de trabalho, a comunicação interna também precisa dessa inquietude.
Algumas características da comunicação interna estão sendo mais exigidas nesta crise, como apoiar e orientar os colaboradores, algo que se torna um alicerce das empresas durante o período de incerteza, uma vez que a saúde mental dos colaboradores tem um papel decisivo na cultura do negócio. Tudo isso, porém, tem um saldo positivo: antecipa tendências que já são importantes, como a importância da assertividade e transparência, além de uma atuação mais ampla da comunicação.
São mudanças que vêm para ficar. Esse trabalho será importante no processo de retomada dentro das empresas que tendo a comunicação como grande aliada, poderão sair ainda mais fortes desta crise.
Felipe Hotz é CEO da Comunica.In..