O respeito pela liberdade de cada pessoa poder ser quem ela é, também no ambiente de trabalho, é fundamental para o desempenho e relacionamento como um todo. Quando uma empresa oferece essa abertura para seu colaborador, ele se sente mais à vontade, cria laços e comportamentos sinceros sem nenhum estigma. Esse é o caso da KingHost , empresa de soluções digitais, que desde 2016 trata a diversidade como um de seus principais pilares. A iniciativa foi o pontapé inicial para a construção do Comitê de Inclusão e Diversidade em janeiro de 2019, criado e administrado pelos próprios colaboradores.
Mas, como essas ações são feitas? Presencialmente, eram realizados encontros mensais para planejamento, conversas sobre os movimentos, além do acolhimento de qualquer pessoa que precisasse falar e ser ouvida. Eram organizados, também, os cafés filosóficos, momentos em que as pessoas se encontravam no auditório com o objetivo de abordar e conversar sobre temas relevantes de diversidade e inclusão que eram sugeridos pelos colaboradores. “Por meio dessas ações, a KingHost reforça seu papel ativo e influenciador na sociedade e na vida dos colaboradores, trazendo à tona assuntos que informam, inspiram, provocam reflexão, propõem a inclusão e estimulam a cidadania”, conta Fernanda Pauletti, gerente de RH da KingHost. Além disso, também aconteciam talks informativos com convidados sobre assuntos mais educativos e de sensibilidade, como o workshop de empatia.
Com a pandemia, muitas iniciativas deixaram de ser presenciais e se tornaram online. Para uma companhia migrar para o digital pode ser um desafio, mas é importante que ela tenha a preocupação de garantir que essas ações continuem a integrar e promover seus ideais. “Tivemos que adaptar os encontros para reuniões virtuais, como o café filosófico com o tema sobre maternidade na real. Além disso, preparamos diversos vídeos, tanto para datas comemorativas que eram relacionadas aos pilares de diversidade, como também momentos de descontração no mês do orgulho LGBTQI+, quando fizemos um show de talentos virtual chamado “tire seu talento do armário e vista a coroa do orgulho”, fazendo alusão ao logo da Kinghost. No processo de onboarding, que também tem sido feito a distância, sempre é falado sobre o comitê de diversidade e inclusão e que todos estão convidados a participar”, compartilha a gerente.
Esses são alguns exemplos para que todas as empresas possam começar com a inclusão no cotidiano do time, mesmo que remotamente. O primeiro passo é entender a maturidade da companhia, ou seja, conversar com as pessoas e verificar qual a abertura que você terá para abordar esse tipo de assunto. Num primeiro estágio, onde as pessoas não sabem muito sobre isso, talvez as primeiras ações devam ser de conscientização e educação. “Use ações de endomarketing e da comunicação interna para aproveitar e abordar alguma pauta de diversidade”. Outra sugestão para dar início a inclusão é adaptar as divulgações das vagas pensando num texto mais inclusivo e em fotos mais representativas.
Num segundo estágio, no qual as pessoas entendem alguns conceitos e veem a importância de conversar sobre isso, proponha iniciativas voltadas especificamente para essa pauta, como reuniões online, a criação de um comitê que foque nessas ações etc. Já no terceiro estágio, onde a cultura de diversidade e inclusão está mais consolidada, é o momento de pensar em vagas intencionais para públicos diversos que você entende que faz sentido para sua empresa, como programas de desenvolvimento voltados para públicos minorizados.
Em resumo, entenda sobre o negócio, as pessoas e, principalmente, faça um levantamento do que é diversidade e que públicos minorizados não estão representados dentro do seu quadro atual. “Nós fizemos um censo interno, assim, criamos os nossos pilares com os públicos que queremos trabalhar internamente. A partir dessas etapas, você saberá como atuar, adaptar essas atividades para o formato remoto e aumentar a diversidade e a inclusão dentro da sua empresa”, conclui Pauletti.
O principal benefício sempre vai ser a melhora do clima organizacional e do bem estar das pessoas, além de promover o sentimento de pertencimento, o respeito às diferenças, o acolhimento das pessoas e o impacto que fazem na sociedade por meio da educação sobre questões de diversidade e inclusão dos colaboradores. A integração de pessoas diversas nos times promove um benefício de inovação e trocas mais construtivas, isso porque pessoas diferentes pensam diferente e podem aprender umas com as outras.