Cultura organizacional: o pilar que sustenta o crescimento e o futuro das empresas.
Colunista Mundo RH, Carol Dias, Diretora de People & Performance da Kraft Heinz Brasil
Em um mercado de trabalho em constante transformação, impulsionado pelas novas gerações e por um cenário de maior longevidade profissional, a cultura organizacional deixou de ser um diferencial competitivo e se consolidou como um dos pilares mais estratégicos para o crescimento sustentável das empresas.
De acordo com o relatório “Tendências de Gestão de Pessoas”, do Ecossistema Great People & GPTW, 51,6% dos profissionais apontam dificuldades para lidar com diferentes gerações no ambiente corporativo. Esse dado se torna ainda mais relevante diante de uma realidade marcada pela convivência de jovens talentos e profissionais experientes, em um contexto de mudanças culturais e aumento da expectativa de vida. Ignorar essa diversidade geracional pode levar à perda de talentos e à criação de ambientes menos colaborativos e inovadores — comprometendo, assim, o pleno desenvolvimento do capital humano.
Engajamento e bem-estar como motores de produtividade
Uma cultura organizacional sólida não apenas atrai e retém talentos; ela também potencializa a performance dos colaboradores. Segundo pesquisa da Harvard Business Review, profissionais felizes são 31% mais produtivos, 85% mais eficientes e até 300% mais inovadores. Nesse contexto, o papel da liderança também evolui. O líder da era 5.0 precisa ir além da competência técnica e desenvolver habilidades como inteligência emocional, comunicação intercultural eficaz, construção de confiança, adaptabilidade e liderança inclusiva.
Na Kraft Heinz Brasil, acreditamos que formar seres humanos preparados para o mercado é tão importante quanto gerar resultados. Por isso, investimos em programas de desenvolvimento que contemplam todas as etapas da jornada profissional — do estágio à alta liderança —, com ênfase em integração de áreas, diálogo aberto e cultura de aprendizado contínuo. O objetivo é garantir que os princípios de diversidade, equidade, bem-estar e respeito sejam vivenciados em todas as nossas operações, dos escritórios às unidades fabris.
Diversidade e pertencimento: base para inovação e retenção
Nosso compromisso com a diversidade está embasado por dados concretos. Ainda segundo a Harvard Business Review, colaboradores que se sentem pertencentes têm um aumento de 56% na performance e redução de 50% na rotatividade. Esses números se confirmam na prática: em nossa realidade, compor times plurais em todos os níveis e áreas tem sido essencial para cultivar ambientes mais criativos, engajadores e inovadores.
Além de políticas consistentes e ações estruturadas, promovemos treinamentos para mitigar vieses inconscientes e fortalecer um ambiente de trabalho cada vez mais respeitoso. A McKinsey reforça a importância dessa abordagem ao apontar que empresas com maior diversidade executiva superam seus pares em lucratividade em até 36%.
Ou seja, a valorização do capital humano vai muito além do discurso: trata-se de um compromisso diário em construir uma cultura onde o respeito, a inclusão e a inovação andem lado a lado — e onde o bem-estar seja parte central da estratégia de negócios.
Um chamado à liderança com empatia e propósito
O futuro do trabalho convida as empresas a liderarem com empatia, construindo ambientes onde humanidade e inovação convergem. Na Kraft Heinz Brasil, entendemos que fomentar espaços colaborativos e inclusivos é essencial para consolidar uma cultura organizacional orientada ao propósito, à performance e à longevidade das relações.
Empresas que investem de forma genuína em sua cultura interna colhem não apenas melhores resultados, mas também deixam um legado positivo para o mercado e para a sociedade. E é por isso que, no centro da nossa estratégia de crescimento, está sempre o cuidado com as pessoas.