O legado imortal de Kahneman na economia comportamental e além: Uma visão que transformou nossa compreensão do pensamento humano
Faleceu Daniel Kahneman, o psicólogo e economista israelense-americano que revolucionou a compreensão da tomada de decisões humanas, vinculando a psicologia à economia de maneira pioneira. Nascido em Tel Aviv em 5 de março de 1934, Kahneman cresceu em um contexto marcado pela ascensão do nazismo, vivenciando em primeira mão os horrores da Segunda Guerra Mundial, uma experiência que influenciaria profundamente seu trabalho posterior.
Formado em psicologia e matemática pela Universidade Hebraica de Jerusalém e com um doutorado em Psicologia pela Universidade da Califórnia, Berkeley, Kahneman dedicou sua vida ao estudo do comportamento humano. Sua colaboração com Amos Tversky, especialmente nos anos 70, levou ao desenvolvimento da Teoria das Perspectivas, uma abordagem inovadora para entender as decisões econômicas sob incerteza, que desafiou o modelo tradicional da racionalidade econômica.
Por seus contributos significativos, Kahneman foi agraciado com o Prêmio Nobel de Ciências Econômicas em 2002, um feito notável, dado que é um psicólogo de formação. Seu trabalho influenciou não apenas o campo da economia, mas também as ciências sociais em geral, a política e a tomada de decisões empresariais.
Kahneman era professor emérito da Universidade de Princeton e autor de várias obras influentes, incluindo “Pensar, Depressa e Devagar” (2011), um best-seller internacional que disseminou suas ideias sobre o pensamento humano para um público mais amplo.
O mundo perdeu não apenas um cientista de renome, mas um pensador profundamente humanista, cujo trabalho continua a inspirar gerações de economistas, psicólogos e formuladores de políticas públicas. A contribuição de Daniel Kahneman permanecerá vital na compreensão da complexidade do comportamento humano e na busca por uma sociedade mais racional e compreensiva.