Iniciativas que integram saúde física, emocional e impacto social ganham força no RH moderno, impulsionando pertencimento, propósito e retenção de talentos.
Imagine um desafio corporativo que mistura caminhada ao ar livre, meditação guiada, rodas de conversa sobre saúde emocional e… doações a colegas em situação de vulnerabilidade. Parece diferente? Pois essa é a nova aposta de empresas que entenderam que bem-estar vai muito além de ginástica laboral ou vale-terapia.
Em um cenário onde 72% dos brasileiros sofrem de estresse crônico (ISMA-BR) e o Brasil lidera o ranking de ansiedade no mundo (OMS), ações de cuidado integrativo e com propósito social estão ganhando espaço nas estratégias de RH de grandes corporações. E o motivo é claro: a experiência do colaborador (employee experience) se tornou um diferencial competitivo — e um antídoto ao esgotamento mental que ameaça a produtividade e a saúde das equipes.
🚨 O alerta da saúde mental no trabalho
De acordo com dados recentes do Ministério da Previdência Social, 3 em cada 10 afastamentos no Brasil estão ligados à saúde mental. Burnout, ansiedade e depressão deixaram de ser tabus para se tornarem prioridade nas mesas de executivos e lideranças de RH. Em resposta, organizações estão criando experiências transformadoras que envolvem corpo, mente e coração.
🌍 Case em destaque: Trane Technologies e o Be Well Challenge
A Trane Technologies, gigante global em soluções de climatização sustentável, é um dos exemplos mais inspiradores dessa tendência. Com operações em São Paulo e em diversos países da América Latina, a empresa criou o Be Well Challenge, uma jornada de seis semanas com foco em saúde física, equilíbrio emocional e solidariedade entre colegas.
Na edição de 2025, os colaboradores da Trane (e seus familiares!) participam de caminhadas coletivas, sessões de yoga e meditação com especialistas convidados, rodas de conversa sobre saúde financeira, além de trilhas de aprendizado sobre alimentação e autocuidado. O diferencial? Parte das ações tem impacto direto em um fundo de assistência para funcionários em situação de vulnerabilidade. Ou seja: quanto maior o engajamento, mais doações são feitas.
“Quando a empresa investe em bem-estar, está promovendo mais do que qualidade de vida — está cultivando pertencimento, propósito e vínculos reais”, afirma Cristian Drewes, Diretor Geral da Trane Technologies no Brasil.
🤝 Propósito coletivo: o novo combustível do engajamento
Segundo um estudo da consultoria Robert Half, 85% dos profissionais brasileiros preferem trabalhar em empresas com propósito claro e ações sociais consistentes. Isso mostra que ações que unem autocuidado e solidariedade têm potencial não apenas de engajar, mas também de atrair e reter talentos — especialmente entre as novas gerações.
Num mercado de trabalho cada vez mais exigente e humanizado, o bem-estar deixou de ser benefício para se tornar cultura. E iniciativas como o Be Well Challenge são um exemplo prático de como o RH pode transformar o clima organizacional a partir de ações simples, mas profundamente significativas.
💬 O recado para os RHs: bem-estar não é mais opcional
Mais do que resolver problemas pontuais, os desafios de bem-estar com impacto social resgatam a confiança dos colaboradores na empresa. Eles promovem um ambiente de empatia, colaboração e respeito — valores que se tornam diferenciais em tempos de transição, digitalização e mudanças constantes.
Para os profissionais de RH que buscam uma cultura de alto impacto humano e emocionalmente sustentável, o momento é agora. Porque cuidar das pessoas é a melhor forma de fazer o negócio crescer.