Por Antônio Carlos, CEO do Fretadão
No dia a dia de um profissional, a experiência do deslocamento faz muita diferença na energia e na disposição que ele investe nas atividades durante todo o expediente, o que reflete diretamente na produtividade. Digo isso como alguém que, por muitos anos, sentiu diariamente os impactos negativos de um deslocamento ineficiente e burocrático entre casa e trabalho. O sentimento de que algo melhor devia ser feito relacionado ao deslocamento dos funcionários era latente, e indicava que as empresas que dedicassem esforços na mobilidade de seus colaboradores ganhariam em eficiência e satisfação.
Pois bem, alguns anos depois a minha péssima experiência com o deslocamento ao trabalho foi comprovada em pesquisa. Estudo realizado pela Global Trevo Consulting com 1000 profissionais, entre gestores e empregados, em nove estados brasileiros, apontou que 80% dos entrevistados sinalizaram que a mobilidade entre casa e trabalho tem forte impacto em sua saúde física; 79% citaram reflexos de ordem psicológica e 77% apontaram relação com a produtividade.
E é nesse ponto que eu chamo a atenção de líderes e profissionais de RH a refletirem. Será que os programas de bem-estar e pacotes de benefícios das organizações estão adequadamente estruturados, principalmente considerando o período pós-pandemia em que os profissionais darão ainda mais valor a ações que zelem pela sua integridade física? Tendo em vista que a mesma pesquisa apontou que 71% dos funcionários são contrários ao retorno do trabalho presencial.
Em outras palavras, cerca de 7 em cada 10 funcionários entrevistados manifestaram ser contrários à retomada do trabalho presencial, especialmente pelo ganho de qualidade de vida no modelo remoto. Nesse sentido, viabilizar um transporte com gestão de trajeto e ocupação inteligente e confortável tem levado as empresas a perceberem a mobilidade como item estratégico dentro do negócio. Nele, além da praticidade oferecida pelo deslocamento por um único modal, garante-se eficiência econômica, eficiência produtiva, qualidade de vida e bem estar do funcionário, além da adequação da companhia à nova ordem empresarial: o ESG!
Ainda estamos em um período de transição quanto ao novo modelo de trabalho. Algumas organizações estão dispostas a migrar 100% para o home office e outras estudam o formato híbrido, enquanto algumas não deixaram o modelo presencial em nenhum momento da pandemia. Seja qual for a situação da sua empresa, a hora de rever programas de bem-estar e pacotes de benefícios é agora. O colaborador é, sempre foi e continuará sendo o principal ativo do seu negócio.
Afinal, é também por meio do ser humano que as inovações e tecnologias alcançam todo o seu potencial. Mas, para entregar à organização algo além do que o básico de suas habilidades técnicas, esse colaborador precisa sentir que é valorizado. E isso passa pelo sentimento que ele tem com relação ao zelo da empresa pelo seu bem-estar. Pode apostar!