Sobreviva com humor às confraternizações da firma.
Da redação
Ah, dezembro! O mês em que todo mundo resolve fazer listas: presentes para os parentes, metas para o próximo ano (mesmo aquelas que já sabemos que não cumpriremos) e, claro, aquela reuniãozinha básica de “quem traz o quê” para as confraternizações corporativas. Porque, convenhamos, nada diz “boas festas” como dividir a farofa e o pavê com a galera do escritório.
Mas o que começa com promessas de diversão, geralmente termina com aquele questionamento: participar é mesmo obrigatório? Afinal, nem todo mundo nasceu para dançar no karaokê depois de duas taças de espumante ou puxar papo com o chefe sobre como o time do coração dele não anda tão bem assim.
A confraternização da firma é quase uma obra de arte moderna: você não entende muito bem, mas finge que acha incrível. A informalidade do evento sempre levanta a questão: até onde vai a linha tênue entre ser “gente como a gente” e “pagar o maior mico do RH”?
Aqui vão algumas regrinhas básicas para sobreviver sem virar meme do grupo da empresa:
- Segure o copo e a língua – Porque o happy hour corporativo não é o lugar para dar aquela opinião polêmica sobre política ou reclamar do café frio do escritório. Se beber, lembre-se: menos é mais. Nada de virar sommelier de caipirinha na frente do CEO.
- A dança do quadrado é real – Quando a música começa a tocar e a pista é improvisada, lembre-se de uma coisa: nem todo mundo foi feito para rebolar ao som de Anitta. Se for o caso, aplauda de longe e poupe sua coluna – e sua reputação.
- O presente amigo, ou não – O amigo secreto é sempre um clássico. Mas, por favor, evite os extremos: nada de piadas internas que só você entende ou presentes caros demais que deixam os colegas constrangidos. Um chocolate ou livro simpático pode salvar o dia.
Participar pode não ser obrigatório, mas tem lá suas vantagens. É a chance de ver o lado humano daquela pessoa que nunca responde seus e-mails ou descobrir que o chefe toca violão e canta – mal, mas com entusiasmo. Esse tipo de coisa tem o seu charme.
E não se esqueça de que a confraternização é também uma vitrine. Não a do consumo, mas a da convivência. Saber dosar a descontração sem perder o profissionalismo pode dizer muito sobre você para quem está ao seu redor.
Seja no brinde ou na hora de agradecer o ano que passou, o principal cuidado é um só: bom senso. Se algo parece uma péssima ideia, provavelmente é. E não custa lembrar que o WhatsApp não esquece – nem perdoa – vídeos de dancinhas desengonçadas.
Dezembro chega cheio de expectativas, listas e momentos únicos. Aproveite o que ele tem de bom, mas sem perder a oportunidade de rir de si mesmo – e, quem sabe, fazer um novo amigo (ou dois). Afinal, não é todo dia que a gente se encontra fora da sala de reuniões, comendo uma coxinha de micro-ondas e brindando à vida com o espumante da promoção.
E, claro, se alguém perguntar se “é pavê ou pra comer”, só sorria. Esse clichê, por mais batido que seja, é o verdadeiro espírito do Natal corporativo.