Mesmo com avanços no debate sobre diversidade, mães seguem estagnadas em cargos operacionais, ganhando menos e sem apoio para equilibrar carreira e maternidade.
👩👧👦 Mães dão conta de tudo… menos de um mercado que ainda fecha portas para elas. Às vésperas do Dia das Mães, um novo levantamento da Catho revela um dado alarmante: 60% das mães brasileiras continuam fora do mercado de trabalho em 2025. Apesar de representar uma leve melhora em relação a 2024 (redução de 8%), a exclusão permanece significativa — e escancara as barreiras invisíveis (e muito reais) que ainda existem para quem materna e trabalha.
De acordo com os dados, quase 60% das mães empregadas estão concentradas em cargos operacionais, enquanto apenas 15% ocupam posições de liderança. Pior: 83,7% já foram questionadas por recrutadores sobre filhos durante processos seletivos, um comportamento que fere princípios de igualdade e pode ser enquadrado como discriminatório.
💰 Desigualdade salarial também pesa na balança:
Cerca de 38% das mães entrevistadas sabem ou desconfiam que ganham menos do que colegas homens ou mulheres sem filhos no mesmo cargo. O motivo apontado? A maternidade.
💬 “Mesmo com tantos avanços, as mães ainda carregam o peso de estigmas antigos que comprometem suas oportunidades de crescimento e sua renda”, comenta Carolina Tzanno, gerente sênior de RH da Redarbor.
🛠️ O que elas mais precisam para continuar no jogo?
A pesquisa também mostra o que pode mudar esse cenário:
Horários flexíveis (24,1%)
Plano de saúde para os filhos (22,4%)
Trabalho híbrido (15,1%)
Mas o problema está longe de ser resolvido. Muitas relatam que esses benefícios são exceção, e não regra, no mercado corporativo.
😔 O impacto é profundo:
94,8% nunca foram promovidas durante a gravidez ou licença-maternidade
50,3% já perderam momentos importantes com os filhos por medo de perder o emprego
60% faltaram a eventos escolares por conta do trabalho
E quando se fala de rede de apoio, 1 em cada 5 mães afirma não ter com quem contar para dividir responsabilidades. Entre as que têm, 60% dizem que a rede é formada por apenas uma pessoa.
🚨 RHs, líderes e empresas: o alerta está dado
Mesmo com a retomada do pós-pandemia, o índice de participação feminina na força de trabalho segue abaixo do dos homens, e são as mães de crianças pequenas que mais sofrem para se manter empregadas.
📢 “Transformar esse cenário exige mais que boas intenções. É preciso rever práticas de contratação, investir em lideranças femininas, oferecer benefícios reais para mães e pais e, principalmente, quebrar o ciclo de estigmatização da maternidade dentro das empresas”, afirma Tzanno.
🎯 O recado é claro neste Dia das Mães:
Reconhecer e apoiar mães no mercado de trabalho não é só justiça — é inteligência corporativa. Equidade de gênero começa com políticas reais e termina com mulheres liderando sem medo de serem mães.