Explorando o equilíbrio entre produtividade e saúde mental no consumo de café, com dicas de especialistas para otimizar seus efeitos positivos
No Dia Mundial do Café, celebrado em 14 de abril, vale a pena explorar os impactos desta bebida amplamente consumida em nosso cérebro e rotina diária. O café, um dos principais aliados para muitos durante momentos que exigem foco e produtividade, também pode ser uma fonte de ansiedade se não consumido moderadamente.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o brasileiro consome em média entre três a quatro xícaras de café por dia. Este consumo elevado reflete não apenas uma tradição cultural, mas também uma busca por maior produtividade, especialmente entre aqueles com rotinas intensas de trabalho e estudo.
O biólogo e professor Paulo Jubilut, fundador da plataforma de educação Aprova Total, alerta sobre os efeitos do consumo excessivo de cafeína. “Embora seja seguro para a maioria em quantidades moderadas, o excesso pode levar a efeitos colaterais como taquicardia, ansiedade, tremores, problemas digestivos e insônia”, explica Jubilut. O especialista ressalta que doses elevadas podem ser prejudiciais à saúde, afetando negativamente o bem-estar geral.
A cafeína atua no cérebro humano ao se ligar a receptores que enganam o cérebro, fazendo com que ele perceba menos cansaço. No entanto, Jubilut enfatiza que essa é apenas uma percepção reduzida de fadiga e não uma real reposição de energia. “Para realmente recarregar as energias, nada substitui uma boa noite de sono, que é crucial para a restauração das moléculas de ATP, essenciais para o funcionamento cerebral”, acrescenta.
Apesar de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) considerar seguro o consumo de até 400 mg de cafeína diariamente (o equivalente a três xícaras de café), estudos indicam que cerca de 61% dos brasileiros consomem mais do que essa quantidade. Além disso, Jubilut aconselha evitar o café após as 16 horas, já que a cafeína tem uma longa duração no organismo, podendo prejudicar o sono noturno.
Além do café, cafeína também é encontrada em chás, refrigerantes, energéticos, chocolates e certos medicamentos. Embora seja uma substância popularmente associada à melhoria da produtividade, existem outras estratégias para manter uma boa performance mental, incluindo uma dieta equilibrada, sono adequado e exercícios regulares.
Este Dia Mundial do Café serve como um lembrete da importância de consumir esta bebida com moderação e conscientização dos seus efeitos, transformando-a em uma verdadeira aliada para os momentos de maior necessidade de concentração, sem comprometer a saúde mental e física.