Desafio persistente: o dilema da escassez de talentos no Brasil e estratégias para superação
A escassez de talentos no mercado de trabalho brasileiro se mantém em um patamar elevado, com 80% dos empregadores reportando desafios para encontrar profissionais qualificados, um índice que supera a média global de 75%. Esse fenômeno persiste em diversos setores, especialmente em Energia e Serviços de Utilidade Pública, Saúde e Ciências da Vida, Bens de Consumo e Serviços, Indústria e Materiais, além de Transporte, Logística e Automotivo, conforme dados recentes divulgados pelo ManpowerGroup, uma referência global em soluções de força de trabalho.
Em comparação internacional, o Japão (85%), Alemanha (82%), Grécia (82%) e Israel (82%) enfrentam as maiores taxas de escassez de talentos. Para combater esse desafio, empregadores ao redor do mundo estão adotando estratégias como maior flexibilidade de horário e local de trabalho, aumento de salários e exploração de novos pools de talentos. No Brasil, a redução das exigências de qualificação e a contratação de profissionais de outros países também se destacam como medidas consideradas.
Wilma Dal Col, diretora de Gestão Estratégica de Pessoas no ManpowerGroup Brasil, enfatiza a importância da aprendizagem contínua e do desenvolvimento interno para enfrentar a escassez de talentos. Ela destaca que, além de políticas para atração e retenção de profissionais, é crucial investir em processos que fomentem o crescimento dos colaboradores dentro das organizações.
O relatório também aponta as soft skills como elementos essenciais na busca por talentos, com destaque para responsabilidade, confiabilidade, colaboração, raciocínio crítico e resiliência. Habilidades técnicas em áreas como TI e dados, engenharia, operações, marketing e atendimento ao cliente são igualmente valorizadas nesse contexto desafiador de contratação.