Organizar as finanças é essencial para evitar o impacto emocional do endividamento; confira dicas práticas para manter o equilíbrio financeiro e cuidar da saúde mental.
A relação entre o endividamento e o bem-estar mental é alarmante. Em julho, o Mapa da Inadimplência do Serasa revelou que mais de 72 milhões de brasileiros estavam endividados. A situação é ainda mais preocupante quando se considera o impacto emocional: uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) aponta que 82% dos inadimplentes sofreram consequências diretas na saúde física e mental após atrasarem pagamentos. Entre os principais sintomas relatados estão a falta de sono (66%), a diminuição da vontade de sair (60%), alterações no apetite (51%) e até compras impulsivas (26%).
Nesse cenário, organizar as finanças não é apenas uma questão econômica, mas uma medida de cuidado com a saúde mental. Segundo Thaíne Clemente, executiva de Estratégias e Operações da Simplic, uma fintech de crédito pessoal 100% online, “planejamento e organização trazem qualidade de vida e segurança, fatores essenciais para uma mente tranquila.” Ela reforça que entender e controlar as finanças é crucial tanto para gastar com sabedoria quanto para planejar despesas futuras.
Para ajudar quem deseja iniciar uma rotina financeira mais saudável, Clemente compartilha três dicas essenciais:
- Registre seus gastos
Manter um registro detalhado das despesas, desde contas fixas como água e luz até pequenos gastos com delivery, é fundamental. “Anotar os gastos, seja em uma planilha ou aplicativo de finanças, ajuda a visualizar o cenário financeiro real, identificar desperdícios e tomar decisões mais conscientes”, orienta Thaíne. - Reavalie o uso do cartão de crédito
Embora o cartão de crédito ofereça facilidades, como parcelamento de compras, seu uso inadequado pode se transformar em uma armadilha. “Utilize o cartão de forma planejada dentro do orçamento. Avalie se o uso frequente é necessário e evite acumular parcelas que possam sair do controle”, alerta a especialista. - Busque educação financeira
Aprender sobre finanças pessoais é um investimento para o futuro. “Estar atualizado sobre práticas de organização financeira pode trazer benefícios significativos. Com o tempo, hábitos como poupar, usar o cartão de crédito com sabedoria e tomar decisões sobre empréstimos ou investimentos se tornam automáticos”, conclui Thaíne.
