Cada vez mais pessoas, empresas e governos investem na colaboração, criatividade e no compartilhamento para inovar e oferecer soluções sustentáveis
Um novo modelo que está revolucionando a forma de utilização de produtos por parte dos consumidores é a chamada economia colaborativa, que tem um processo descentralizado, onde cada um faz um pouco em torno de uma causa. A Wikipédia, por exemplo, permite que pessoas do mundo todo se conectem para escrever artigos sobre diversos assuntos na enciclopédia digital.
A estrutura da economia colaborativa se baseia, em parte, na aplicação de novas tecnologias para estabelecer redes de troca, aluguel, leilões, ou de comunidades que têm como objetivos compartilhar bens, espaços e serviços. O advento tecnológico, o acesso a diferentes plataformas e a acessibilidade à informação proporcionaram essa inovação nos negócios baseados na troca.
Os consumidores revelam um desejo generalizado e partilhado, em todo o mundo, de encontrarem soluções que ampliem o acesso a bens e serviços que satisfaçam as necessidades da sociedade. Esse modelo permite que todos sejam tanto consumidores como produtores.
A crescente preocupação com o meio ambiente fez com que as pessoas descobrissem e promovessem o consumo colaborativo, priorizando a reutilização de objetos que ninguém mais usa, em vez da aquisição de novos.
Existem dois fatores que podem gerar ameaças ao crescimento da economia colaborativa: falta de normas que regularizem esses novos negócios e a desconfiança que ainda ronda esse mercado, que acaba sendo uma consequência do primeiro.
Para que a economia colaborativa tenha um futuro promissor, inclusive no Brasil, é preciso que os participantes ofereçam excelência de atendimento. A confiança vem justamente daqueles que experimentam o compartilhamento, ajudando a construir a reputação do que está sendo ofertado. Como diz Rachel Botsman, escritora e autoridade reconhecida no debate sobre colaboração, a moeda da nova economia é a confiança e o que chama de “capital de reputação”.
Cintia Bortotto é Diretora de RH da Stefanini, quinta empresa mais internacionalizada segundo Ranking da Fundação Dom Cabral 2016