Na data em que se celebra o Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, a EDP, empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico, subscreve o compromisso com a Coalizão Empresarial para Equidade Racial e de Gênero. A assinatura será feita pelo presidente da EDP no Brasil, Miguel Setas.
No mesmo dia, a Empresa promove, às 16h, a mesa literária pela FLIP + na EDP, que debaterá o que significa ser negro no Brasil contemporâneo, estabelecendo uma conexão entre Brasil-África. A mesa faz parte de uma programação paralela da FLIP 2020 (Festa Literária Internacional de Paraty) e terá participação de Muryatan S. Barbosa, autor de obras que tratam de pensadores africanos pouco estudados pelo mundo cultural ocidental.
“Assumimos este compromisso como parte das nossas ações para promover a diversidade e inclusão na companhia e na sociedade como um todo. A EDP quer dar a sua contribuição, engajando e influenciando seus colaboradores e outras lideranças empresariais, para que a mudança realmente aconteça”, afirma Miguel Setas, presidente da EDP no Brasil.
A EDP assumiu uma série de metas para promover a inclusão e ampliar a diversidade de seu quadro colaborativo. Até 2022, 50% dos novos contratados pela empresa deverão ser provenientes de grupos minoritários. No âmbito racial, especificamente, a companhia destinará 50% das vagas de estágio para estudantes negros e negras, o que já foi colocado em prática na seleção de 2020. A EDP também assumiu o compromisso de, nos próximos dois anos, investir R﹩ 1,6 milhão em programas de capacitação e desenvolvimento profissional com foco em grupos sub-representados dentro e fora da Empresa.
Cenário brasileiro
O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo. Apesar de constituírem 53,9% da população brasileira, conforme dados do IBGE/PNAD 2015, os negros e negras têm baixa representatividade em empresas, especialmente em níveis de liderança, sofrendo com a dificuldade de ascensão hierárquica e disparidade salarial. Segundo o Instituto Ethos, se o atual ritmo de inclusão de pessoas negras se mantiver, a igualdade racial no ambiente de trabalho só será alcançada em 150 anos.
Por isso é tão importante que as empresas se comprometam a participar da reversão desse cenário, oferecendo oportunidades de desenvolvimento econômico e social para todos. A Coalizão Empresarial para Equidade Racial e de Gênero foi criada pelo Instituto Ethos, o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT) e o Institute for Human Rights and Business (IHRB), com o apoio do Movimento Mulher 360 e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A coalização tem o objetivo de promover mudanças no mercado de trabalho, engajando empresas, poder público e sociedade civil para promoverem políticas e ações mais inclusivas, além de compartilhar boas práticas e inovações nessa área, disseminar políticas de enfrentamento a todas as formas de violências e discriminações, e desenvolver alternativas para superação das dificuldades enfrentadas pelas empresas.
https://youtu.be/a-yM1e4feOc