Por Tiago Pereira, Head de Marketing da Share RH
Sinônimo de desafio para os departamentos de Recursos Humanos e Marketing, o Employer Branding representa a gestão da marca empregadora e suas múltiplas expressões no que se refere à atração e à retenção de talentos.
Em outras palavras, trata-se da construção da imagem de uma empresa como um bom lugar para se trabalhar. Tanto para os atuais colaboradores, como para os candidatos a eventuais vagas, além daqueles que saem da companhia para novas oportunidades no mercado e voltam em novas posições.
Tal estratégia passou a receber maior atenção das companhias, a partir da nova geração de profissionais que vem surgindo no mercado de trabalho. A cultura e o ambiente corporativo se tornaram prioridade para os talentos qualificarem se uma empresa é boa ou não para a candidatura deles.
Afinal, quem não deseja se sentir acolhido e motivado pela organização em que atua desde o primeiro dia de trabalho?
O Employer Branding aprimora os processos de recrutamento e seleção e favorece a escolha dos profissionais mais qualificados para os desafios do negócio e conectados com os valores e a cultura da empresa.
Com isso, aumentam-se as chances dos talentos se manterem satisfeitos durante sua trajetória dentro da organização. Fator esse, que contribui para o crescimento da produtividade do colaborador e a redução das taxas de turnover.
Como aplicar o Employer Branding na prática
Para garantir o engajamento de uma equipe, elaborar estratégias focadas na jornada do colaborador é fundamental. Sendo assim, a aplicação das práticas de Employer Branding deve ser feita desde o processo de atração dos talentos.
Para esse momento, entra em ação o Inbound Recruiting, que é a estratégia de produção e divulgação de conteúdos da empresa com objetivo de atração, engajamento e encantamento de candidatos.
A etapa inicial do Inbound Recruiting é a definição da persona dos candidatos, ou seja, a busca por um perfil de profissional que se enquadre nas características técnicas e comportamentais estabelecidas pela cultura organizacional.
Uma vez determinado os atributos desse candidato ideal, é possível divulgar conteúdos que agucem a curiosidade e o desejo desse profissional em trabalhar na empresa.
É interessante, por exemplo, compartilhar vídeos sobre atividades e eventos realizados, cursos e treinamentos desenvolvidos e depoimentos de colaboradores, principalmente, que atuem como embaixadores da empresa junto aos times.
Atrelado a isso, uma organização que investe em estratégias de Employer Branding deve se preocupar também com a elaboração do Employee Value Proposition (EVP), que ajudará a posicionar a marca empregadora na mente das personas e, assim, facilitará o processo de atração.
O EVP significa a proposta de valor de uma empresa. Em suma, a recompensa oferecida ao profissional pelo tempo e esforço dedicado ao negócio.
Um EVP bem definido deve conter desde a satisfação salarial, incluindo aumentos, promoções e bonificações por metas atingidas, até o desenvolvimento de uma trilha de carreira. Além de benefícios, como férias e planos de saúde, e uma cultura organizacional com valores e propósitos sociais.
Já para a etapa em que o candidato foi selecionado, deve-se priorizar a estruturação do Onboarding. Trata-se do processo de acolhimento do novo funcionário.
Ao realizar ações que demonstrem a integração desse profissional ao restante da equipe, desde o primeiro dia de empresa, gera-se uma sensação de pertencimento e orgulho em “vestir a camisa”.
Dando sequência à jornada do colaborador, é importante também privilegiar a transparência na comunicação entre as diferentes hierarquias de uma corporação. Esse elemento garante o fortalecimento da relação de confiança entre empregador e empregado.
Para finalizar, vale ressaltar que a aplicação das estratégias de Employer Branding traduz uma vantagem competitiva em relação à concorrência. Uma boa reputação no mercado de trabalho garante a atração e a retenção dos melhores talentos tão essenciais ao sucesso de longo prazo do negócio