É importante que as empresas de tecnologia e a sociedade como um todo continuem a trabalhar em prol da equidade de gênero no setor
Apesar de já existirem exemplos de sucesso de mulheres empreendedoras no setor de tecnologia, ainda há muito a ser feito em relação à equidade de gênero no setor. De acordo com um estudo da Brasscom, os homens ocupam 67% das posições mais altas nas empresas de tecnologia, enquanto as mulheres ocupam apenas 33%.
Andrea Miranda, CEO e cofundadora da STANDOUT, é uma dessas empreendedoras que enfrentaram desafios ao atuar no setor de tecnologia. Com mais de 30 anos de experiência em TI aplicada ao marketing digital e publicidade, ela destaca que, ao liderar um time ainda muito jovem, precisou usar estratégias para garantir sua competência, como vestir-se de forma mais séria para passar convicção de seu trabalho e capacidade.
Carine Roos, CEO da Newa, empresa de consultoria em DE&I e saúde emocional para as organizações, enfatiza que a inclusão e a equidade de gênero no setor de tecnologia são primordiais não apenas para as empresas em si, mas também para os usuários das tecnologias, que terão acesso a produtos e serviços que foram elaborados por um time mais diverso.
Roos também destaca que a presença das mulheres nas áreas tecnológicas abrange as criações, o que muda não só o time de tecnologia, mas também a visão das colaboradoras de toda a organização, que conseguem ver mulheres ocupando espaços majoritariamente masculinos.
Porém, os dados ainda mostram a grande desigualdade no empreendedorismo feminino no setor de tecnologia. Segundo um estudo do Distrito em parceria com a aceleradora B2Mamy e a Endeavor, as mulheres são fundadoras de apenas 4,7% das startups e scale-ups no Brasil, e apenas 0,04% delas têm acesso a investimentos.
Portanto, é importante que as empresas de tecnologia e a sociedade como um todo continuem a trabalhar em prol da equidade de gênero no setor, para que mais mulheres possam ter a oportunidade de se destacar e contribuir com suas ideias e habilidades.