Inteligência emocional deixa de ser diferencial e se torna exigência estratégica nas empresas que buscam líderes preparados para o futuro da gestão, retenção de talentos e bem-estar corporativo.
Não basta ser técnico. Para liderar em 2025, é preciso ser humano. Um novo relatório global do Fórum Econômico Mundial revelou uma virada nas exigências para cargos de alta liderança: empresas de todo o mundo estão cada vez mais valorizando profissionais com habilidades socioemocionais, como empatia, escuta ativa, gestão emocional e comunicação não violenta.
O estudo The Future of Jobs Report 2025 mostra que a inteligência emocional deixou de ser um diferencial para se tornar requisito essencial, especialmente nos níveis mais altos da hierarquia corporativa. Mais do que isso: 70% dos profissionais afirmam estar dispostos a investir mais tempo no próprio desenvolvimento pessoal e emocional — sinal claro de que o mercado está mudando, e os talentos estão acompanhando.
E os dados não param por aí. Segundo pesquisas da Harvard Business Review e da McKinsey, a demanda por profissionais com inteligência emocional deve crescer 26% até 2030. O recado é direto: quem quiser liderar precisa aprender a lidar com pessoas — e com as próprias emoções.
“Um líder emocionalmente inteligente tem autopercepção, autoconfiança e autodomínio. Ele age com segurança, equilibra emoções e é mais preparado para inspirar sua equipe”, afirma Maria Eduarda Silveira, sócia-fundadora da BOLD HRO. “Felizmente, estamos vendo cada vez mais líderes conscientes da importância de desenvolver essas competências.”
A inteligência emocional tem sido associada a melhorias diretas na produtividade, comunicação interna, retenção de talentos e gestão de conflitos. É o que também aponta a pesquisa Tendências Globais de Capital Humano, da consultoria Deloitte, reforçando que ambientes emocionalmente saudáveis geram resultados mais sustentáveis.
Segundo Silveira, os líderes do presente e do futuro devem apresentar:
Autocontrole, para redirecionar impulsos e evitar decisões precipitadas.
Motivação intrínseca, que reflita no prazer da conquista e no engajamento diário.
Empatia real, para compreender as emoções e o contexto dos outros.
Destreza social, para construir relações genuínas e influenciar com propósito.
🔍 O RH atento a essa tendência já entendeu que desenvolver lideranças emocionalmente inteligentes não é apenas estratégia — é sobrevivência. Em um mercado onde a rotatividade segue alta e os profissionais buscam propósito e qualidade de vida, o que diferencia uma empresa não é só o salário: é o quanto ela sabe cuidar de gente.
A era dos líderes frios e distantes está chegando ao fim. O futuro exige gestão com alma — e isso começa pela inteligência emocional.