Os valores são ainda mais elevados quando se adicionam afastamentos por ansiedade e depressão
Da redação @MundoRH
Um alarmante aumento nos custos com afastamentos por transtornos mentais, burnout e quedas na produtividade está impulsionando a necessidade urgente de empresas investirem em programas de bem-estar para seus colaboradores.
Um estudo conduzido pelo escritório Trench Rossi Watanabe revelou que entre 2014 e 2022, gastos de empresas com reclamações trabalhistas relacionadas ao burnout chegaram a impressionantes R$2,48 bilhões, média de R$306 mil por processo. Os valores são ainda mais elevados quando se adicionam afastamentos por ansiedade e depressão. Dados do Fórum Econômico Mundial projetam que, mantendo o ritmo atual, os custos associados a transtornos mentais poderiam alcançar 6 trilhões de dólares até 2030.
Os empresários estão em alerta. Para Tatiana Pimenta, CEO e cofundadora da Vittude, uma healthtech pioneira na gestão estratégica de programas de saúde mental, as empresas que realocassem parte desses custos para prevenção teriam um retorno financeiro significativamente mais alto. “O aumento dos custos com contribuições previdenciárias, processos trabalhistas e outros desafios está afetando o resultado financeiro de muitas empresas”, comenta Pimenta. Ela ressalta a importância de programas contínuos de bem-estar para garantir a sustentabilidade e o desempenho financeiro no longo prazo.
Dados de uma pesquisa da startup Levee apontam que grandes empresas brasileiras têm perdas de cerca de R$ 230 milhões anualmente devido à falta de produtividade dos funcionários. “Qualquer desconforto emocional pode impactar o desempenho no trabalho. É essencial que as empresas promovam ambientes saudáveis e acolhedores, pois equipes felizes e satisfeitas produzem melhores resultados”, afirma Pimenta.
Com a crescente conscientização sobre a importância da saúde mental, a pressão está crescendo para que as empresas priorizem o bem-estar de seus colaboradores, a fim de garantir não apenas a saúde de sua força de trabalho, mas também sua sustentabilidade financeira a longo prazo.