Provedores de serviços respondem por quase a metade das despesas mundiais com mão de obra, revela pesquisa global realizada pela SAP Fieldglass em colaboração com a Oxford Economics
O modo como o trabalho é executado está mudando. Para contar com talentos especializados, as organizações dependem, cada vez mais, de mão de obra externa, que inclui profissionais contingentes, como freelancers, independentes e provedores de serviços, como consultorias de TI e agências de marketing. De acordo a pesquisa “Global Services Procurement Insights 2019”, realizada pela SAP Fieldglass em colaboração com a Oxford Economics, cerca de 42% das despesas com profissionais são destinadas à força de trabalho externa. O estudo, realizado em 21 países, incluindo Brasil e México, também constatou que boa parte das empresas não estão gerenciando essa parcela da mão de obra de forma eficiente.
De acordo com o estudo, quase metade (48%) dos executivos afirmou que suas companhias seriam incapazes de conduzir os negócios como de costume sem contar com a força de trabalho externa, e 59% declararam que a mão de obra externa ajuda a competir em um mundo digital. Muitos deles acreditam que esses profissionais externos são importantes ou extremamente importantes para que possam atingir as metas de negócio, como elevar a agilidade para chegar ao mercado (61%) e aumentar a satisfação/melhorar a experiência dos clientes (67%).
“Cada vez mais as empresas precisam ter uma visão 360º de suas operações e não podem prescindir de gerenciar as atividades dos prestadores de serviços e dos resultados que agregam aos negócios”, explica Silvio Abade, Vice-Presidente da SAP Ariba no Brasil. Para o executivo, gerenciar essa força de trabalho é parte fundamental para que as empresas se tornem competitivas na economia digital, além de ter o controle de que os prestadores de serviços cumprem todas as determinações da legislação vigente”, completa.
A força de trabalho invisível
A pesquisa revelou ainda que os prestadores de serviços realizam um trabalho vital para as empresas. Em particular, são uma fonte valiosa de competências especializadas de que as companhias precisam para competir na economia digital de hoje – por exemplo, inteligência artificial, aprendizagem de máquina, blockchain, ciência dos dados, robótica e Internet das Coisas.
Outro aspecto do estudo mostra que apesar de muitas organizações serem excelentes na gestão financeira dos contratos com prestadores de serviços, deixam a desejar quando se trata de gerir os aspectos “pessoas” desses acordos. Esses elementos incluem quem está fazendo o trabalho, certificações e treinamento, acesso aos sistemas e instalações, qualidade do trabalho, progresso na direção das metas e dos resultados práticos e muito mais.
A questão central é que muitas organizações não veem esses profissionais como parte de sua mão de obra. A gestão deficitária dessa “força de trabalho invisível” pode produzir resultados insatisfatórios para os projetos e gerar riscos. O estudo revelou muitas estatísticas surpreendentes, entre elas:
Um em cada quatro projetos executados por prestadores de serviços não é concluído dentro do prazo ou do orçamento;
44% dos entrevistados experimentaram brechas de segurança digital com provedores de serviços às vezes, frequentemente ou quase em todos os contratos;
Apenas 27% dos executivos se declaram muito bem informados sobre o progresso dos provedores de serviços na direção das metas e/ou resultados práticos e 25% são muito bem informados sobre a qualidade do trabalho dos provedores. Essa visibilidade limitada dificulta a determinação do retorno dos investimentos;
Cerca de 11% dos entrevistados adotam abordagens muito mais rigorosas para gerenciar e extrair valor dos prestadores de serviços. Esses “desbravadores” superam os demais em três maneiras: eles têm maior visibilidade sobre os prestadores de serviços e são mais rigorosos na gestão dessas relações e avaliam que os prestadores de serviços ajudam a empresa a competir no mundo digital.
A pesquisa também apresentou quatro ações principais que as organizações podem realizar para melhorar a gestão dos prestadores de serviços – extrair mais valor, impulsionar o retorno dos investimentos e reduzir os riscos. Essas ações permitem administrar os provedores de serviços com o mesmo rigor usado para gerenciar funcionários, permitindo obter recompensas maiores a partir desta força de trabalho.
O estudo entrevistou mais de mil executivos seniores, de 24 setores e em 21 países, para entender o papel dos provedores de serviços em suas tarefas, como são geridos e o impacto no desempenho dos negócios. A pesquisa completa, incluindo um detalhamento das ações que as organizações devem adotar para aprimorar a gestão dos prestadores, está disponível em https://www.fieldglass.com/resources/research/services-procurement-insights-2019/download.