Empresas no combate à dengue: Responsabilidade, prevenção e engajamento
O Brasil enfrenta um alarmante aumento nos casos de dengue, com mais de 740 mil casos prováveis e 151 mortes confirmadas até o momento, segundo o Ministério da Saúde. A incidência da doença alcança 364,9 casos por 100 mil habitantes, afetando significativamente estados como Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Acre, Paraná e Espírito Santo. Diante deste cenário, as empresas emergem como atores cruciais no combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, e na promoção da saúde pública.
Dr. Ricardo Pacheco, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho (ABRESST) e da Oncare Saúde, alerta para a necessidade de as empresas se conscientizarem sobre seu papel na prevenção da dengue. “Apesar de não haver legislação que responsabilize diretamente as empresas por casos de dengue contraídos em suas instalações, é fundamental que adotem medidas preventivas para proteger trabalhadores, fornecedores e visitantes”, afirma.
Entre as ações recomendadas, a limpeza e manutenção regular de áreas comuns para eliminar potenciais criadouros do mosquito são essenciais. Além disso, a educação e conscientização dos colaboradores sobre a importância de evitar acúmulos de água parada se mostram medidas eficazes tanto no ambiente de trabalho quanto em suas residências.
A instalação de telas e proteções nas janelas, a manutenção das áreas verdes, o incentivo ao uso de repelentes e inseticidas, e a realização de campanhas de prevenção são outras estratégias importantes para evitar a entrada e proliferação do mosquito. A adoção de sistemas de monitoramento para identificação e controle rápido de focos do mosquito também é uma medida recomendada.
Dr. Pacheco enfatiza a importância do engajamento coletivo na luta contra a dengue, destacando a responsabilidade social das empresas em promover um ambiente de trabalho seguro e saudável. “O combate à dengue é um esforço coletivo que demanda a atenção e colaboração de todos. As empresas, ao adotarem práticas de prevenção, contribuem significativamente para a redução da incidência da doença e reforçam seu compromisso com o bem-estar da sociedade”, conclui o presidente da ABRESST.
Com o aumento dos casos de dengue no país, a responsabilidade das empresas em adotar medidas preventivas torna-se ainda mais evidente, refletindo não apenas uma questão de saúde pública, mas também de responsabilidade corporativa frente aos desafios impostos pela doença.