Alta taxa de afastamento por transtornos mentais no Brasil revela importância do autocuidado no ambiente corporativo.
Com as crescentes pressões do mercado de trabalho, o equilíbrio emocional tem se tornado uma habilidade essencial para profissionais de todos os setores. Essa competência, muitas vezes negligenciada, impacta diretamente a saúde mental e o desempenho no ambiente corporativo. Autoconhecimento e autocontrole permitem que os colaboradores enfrentem as exigências e prazos com mais serenidade, promovendo um ambiente de trabalho harmonioso e produtivo.
Estudos recentes indicam que a inteligência emocional pode ser um diferencial crucial para evitar o estresse crônico e a Síndrome de Burnout, condição que já afeta milhões de profissionais ao redor do mundo. Um ambiente corporativo saudável, aliado a essa habilidade, torna-se essencial para preservar a saúde mental dos trabalhadores. Dados da Previdência Social mostram que transtornos mentais, como depressão e ansiedade, representam cerca de 30% dos afastamentos no Brasil, evidenciando a necessidade de práticas que incentivem o bem-estar.
Bia Nóbrega, especialista em Desenvolvimento Humano e Organizacional e embaixadora da plataforma Orienteme, que oferece soluções para a promoção da saúde, bem-estar e produtividade, afirma que a inteligência emocional é essencial para construir relações harmônicas. “É uma prática fundamental para lidar com o estresse diário, alcançando um sucesso que respeita nossos limites e aproxima de uma vida equilibrada”, ressalta.
Práticas de saúde mental no ambiente corporativo
Além da inteligência emocional, práticas de autoconhecimento, como terapias e mindfulness (atenção plena), têm se mostrado eficazes no desenvolvimento do equilíbrio emocional. O mindfulness, por exemplo, ajuda os profissionais a focarem no momento presente, evitando que pensamentos negativos interfiram na produtividade. “A prática de mindfulness ensina a observar as próprias emoções, promovendo um comportamento mais controlado e menos reativo”, explica Nóbrega.
A empatia é outro componente crucial para o equilíbrio emocional no ambiente de trabalho. Ao se colocar no lugar dos colegas, o profissional desenvolve a capacidade de entender suas necessidades e dificuldades, promovendo um ambiente colaborativo. “Em um ambiente empático, gestores e equipes sentem-se mais à vontade para compartilhar preocupações e desafios, contribuindo para um clima organizacional positivo”, pontua a especialista.
O autocuidado também exerce um papel central. Manter uma rotina de atividades físicas e uma alimentação equilibrada ajuda a liberar endorfina e serotonina, substâncias que promovem relaxamento e bem-estar.
O papel das empresas na promoção da saúde mental
As empresas desempenham um papel fundamental na saúde emocional dos colaboradores. Programas de inteligência emocional, treinamentos, pausas e ambientes de descompressão são algumas das iniciativas que fomentam uma cultura de cuidado e respeito. Empresas que investem na saúde mental observam benefícios claros, como menor turnover, redução do absenteísmo e maior produtividade, evidenciando que o bem-estar no trabalho é uma via de mão dupla: ao cuidar de seus colaboradores, as empresas também colhem resultados positivos.