ESG: Discurso, prática e reputação

Por Redação Mundo RH 348 Visualizações
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Por Valesca Reichelt, Gerente de Marketing da Codex

Em um mundo cada vez mais virtual e pressionando por mudanças, é natural que empresas levem suas estratégias de reputação corporativa para o espaço on-line. Consumidores mais atentos ao posicionamento das marcas, investidores cobrando cada vez mais a aplicação da agenda ESG (Ambiental, Social e Governança) e uma nova geração de profissionais buscando propósito no trabalho, desenham uma nova realidade em que empresas precisam decidir estratégias de negócio entendendo o impacto delas sobre a sociedade e sobre sua reputação.

A reputação corporativa é muito mais do que a imagem da empresa, é uma composição de como ela é avaliada e reconhecida, é uma construção do que se espera que pensem sobre ela. Mas essa construção precisa partir da realidade da organização. Práticas de greenwashing, tão comuns nos anos 90, quando muitas marcas divulgavam iniciativas vazias de impacto socioambiental, mas simpáticas à opinião pública, tornam-se uma grande cilada hoje em um mundo marcado pelo acesso à informação e debates públicos sobre qualquer tema de forma massificada. Esvaziar o abismo entre as intenções, o que divulgam e o que efetivamente acontece nas empresas é o desafio de suas lideranças.

A agenda ESG está no dia a dia das organizações desde como consomem energia, contratam e retêm talentos ou tomam decisões pontuais, mas muitas não praticam essa gestão de forma integrada. A internet e as mídias sociais já não podem ser ignoradas nessa equação, sempre a postos como palco de exposição ou de fiscalização da opinião pública. Mapear e organizar as iniciativas já existentes para maximizá-las é o primeiro passo. O desafio é muito mais uma questão de vontade e direcionamento estratégico do que propriamente investimento financeiro.

É importante oferecer um senso de propósito com que os profissionais possam se identificar e que atendam aos anseios e necessidades da sociedade. O propósito organizacional resume valores éticos e emocionais da empresa, oferece algo em que se possa acreditar e defender. Faz com que o discurso se materialize e as práticas tornem-se recorrentes em um posicionamento absorvido pela cultura da organização que possa ser comunicada à opinião pública.

É hora de concretizar um ecossistema sustentável voltado para a construção de um mundo melhor. O papel das organizações é compor suas estratégias com o olhar em uma sociedade melhor hoje e no legado deixado para as próximas gerações. É assim que será construída ou fortalecida a reputação corporativa.

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