São Bernardo foi a cidade escolhida para receber a 1ª edição do HR First Class
O papel do profissional de Recursos Humanos deveria ser o de disseminar a cultura, missão e valores da empresa, além de desenvolver o capital humano, mas muitas vezes este setor está focado na realização de atividades operacionais e burocráticas. Visando resgatar esse papel mais estratégico do profissional da área, a MHS Marketing & Sales Consulting reuniu na noite da última quarta-feira (18) cerca de 200 líderes de RH de empresas do ABC, durante a 1ª edição do HR First Class.
O evento, realizado no Napoleão Buffet, em São Bernardo, contou com palestra do jurista Luiz Flávio Gomes, autor do best-seller O Jogo Sujo da Corrupção, presenças do prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, e de autoridades locais, além dos debatedores Hiroki Hiratsuka, diretor de RH da empresa Kostal, e Lino José Rodrigues Alves, diretor jurídico e responsável pela área de Compliance do Grupo NotreDame Intermédica.
Kátia de Boer, sócia-proprietária da Safe Care, empresa especializada em gestão integrada e auditoria do benefício saúde, incentivadora e patrocinadora máster do evento, explicou a escolha do ABC para receber o evento. “Temos nessa região empresas de grande representatividade no cenário nacional e precisamos valorizar os profissionais da área de RH. A ideia dos nossos encontros, que passarão a ser bimestrais a partir do ano que vem, é trocar experiências, discutir soluções e plantar uma semente dentro das organizações que permita fortalecer o RH”, explica Kátia, que teve a sua palavra endossada pela irmã e também sócia, Karen de Boer.
“Vamos criar um site para disseminar conteúdo relevante à área, formaremos um mailing de profissionais para trocar experiências, além de criar um comitê para decidir quais assuntos devemos colocar em pauta nos nossos próximos eventos”, completou o empresário Marcos Scaldelai, proprietário da MHS Marketing & Sales Consulting.
Já o vice-presidente do Grupo NotreDame Intermédica, Nilo Carvalho, chamou a atenção para o fato da união do setor de RH servir para ajudar a encontrar soluções para problemas recorrentes. “O empresariado não consegue mais arcar com os custos da saúde. Para se ter uma ideia os desperdícios e fraudes levam R$ 77 bilhões a cada de três anos do capital investido na área de saúde. Nós não podemos nos esquivar dessa responsabilidade. O custo é insustentável, mas juntos podemos resolver isso”, disse.
O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, reforçou também a relevância do profissional da área de RH na construção de um cenário econômico mais favorável. “Estamos em um período de transição, saindo de uma crise. Quem não estiver com a área de Recursos Humanos preparada, que é a essência de qualquer negócio, não terá a qualidade no serviço”, destacou o prefeito.
“Se a pessoa encarregada de monitorar a empresa não tiver autonomia para informar o que acontece dentro do ambiente de trabalho ao seu superior, o RH fica fadado a ser só operacional, deixa de ser estratégico. Os gestores não terão controle da empresa e certamente devem ter prejuízos no final do ano”, argumentou o jurista Luiz Flávio Gomes.