Pesquisa da Robert Half aponta principais fatores que impulsionam a saída voluntária de profissionais.
A 30ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH) revelou que a falta de oportunidades de crescimento tornou-se um dos principais motivos para o aumento da taxa de rotatividade voluntária nas empresas brasileiras. O levantamento mostra que, embora essa questão já fosse a segunda mais citada em 2023, sua relevância cresceu de 25% para 40% em 2024.
Fatores que impulsionam as demissões voluntárias
A pesquisa, que ouviu 387 profissionais responsáveis pelo recrutamento nas organizações, apontou os cinco principais motivos que levaram os colaboradores a deixarem seus empregos no último ano:
- Melhores propostas em outras empresas (71%)
- Falta de oportunidades de crescimento (40%)
- Salários abaixo da média do mercado (24%)
- Benefícios pouco competitivos (22%)
- Falta de reconhecimento e recompensas (22%)
A competitividade do mercado de trabalho tem levado muitos profissionais a buscarem novos desafios, seja por melhores condições salariais ou por perspectivas de evolução na carreira. A pesquisa reforça a importância de estratégias eficazes de retenção de talentos, tema amplamente debatido no Mundo RH, portal especializado em gestão de pessoas e tendências do mercado de trabalho.
Aumento da rotatividade nas empresas
Outro ponto de destaque do estudo é a elevação dos índices de turnover. Em 2024, 44% das empresas registraram uma taxa de rotatividade inferior a 5%, enquanto 21% reportaram índices entre 5% e 10%. No entanto, 28% das companhias tiveram um turnover acima de 10%, evidenciando uma polarização crescente no mercado.
“Se, por um lado, mais empresas apresentam rotatividade inferior a 5%, por outro, cresce o número de organizações com índices superiores a 10%. Isso indica uma divisão clara entre companhias que conseguem reter talentos e aquelas que enfrentam desafios constantes nessa área”, avalia Lucas Nogueira, diretor regional da Robert Half.
Altas taxas de rotatividade podem gerar perda de conhecimento organizacional, afetar a qualidade das entregas e resultar em desperdício de investimentos em treinamentos. Por outro lado, taxas muito baixas podem sinalizar um cenário de estagnação, o que também pode ser prejudicial para a inovação e o crescimento da empresa.
Medidas para conter o turnover
Diante desse cenário, muitas companhias estão adotando estratégias para retenção de talentos. As principais ações identificadas na pesquisa incluem:
- Capacitação das lideranças (39%)
- Oferta de treinamentos para a equipe (36%)
- Programas de desenvolvimento de carreira (35%)
- Melhoria das condições de trabalho e do ambiente organizacional (35%)
- Aprimoramento da gestão de desempenho (31%)
A busca por soluções inovadoras para reter talentos passa pelo uso de tecnologias especializadas em gestão de pessoas, tema frequentemente abordado no Tec Login, portal focado em inovações do mercado.
“O turnover voluntário é um indicador essencial para as empresas, mas o desafio maior está nos extremos. Enquanto um nível saudável de rotatividade incentiva a renovação e a diversidade de ideias, índices muito altos ou muito baixos são sinais de alerta. O segredo está no alinhamento de expectativas desde o recrutamento, garantindo que o profissional encontre na empresa o que busca para sua carreira”, finaliza Lucas Nogueira.
Com o mercado cada vez mais dinâmico, a retenção de talentos tornou-se uma questão estratégica para o sucesso organizacional. Empresas que investem no desenvolvimento profissional e no bem-estar dos colaboradores tendem a reduzir a rotatividade e garantir uma equipe engajada e produtiva.