A interação entre essas duas áreas cria uma sinergia poderosa que potencializa os resultados da empresa
Por Darcio Zarpellon, CFO na Fresenius Kabi Brasil
No ambiente empresarial contemporâneo, a interseção entre finanças e gestão de pessoas emerge como um elemento vital para o desempenho e a longevidade das organizações. Longe de serem áreas independentes, a integração dessas disciplinas se torna cada vez mais fundamental para impulsionar uma gestão de negócios eficiente e orientada para resultados tangíveis.
As finanças são o alicerce sobre o qual toda empresa é construída. Elas abrangem a administração dos recursos financeiros da organização, incluindo investimentos, orçamentos, fluxo de caixa e análise de desempenho econômico. Por outro lado, a gestão de pessoas concentra-se no desenvolvimento e liderança dos colaboradores, abrangendo recrutamento, treinamento, motivação e retenção de talentos.
A interação entre essas duas áreas cria uma sinergia poderosa que potencializa os resultados da empresa. Ao alinhar objetivos financeiros com metas de recursos humanos, a empresa consegue uma abordagem mais coesa para alcançar seus objetivos. Isso se reflete, por exemplo, na formulação de políticas salariais que não apenas consideram o impacto financeiro, mas também a motivação e a retenção dos funcionários.
De acordo com a pesquisa IDC People Sustainability Research, no Brasil, 96% dos funcionários das empresas ouvidas na pesquisa acreditam que investir em pessoas pode gerar benefícios econômicos e sustentáveis para as corporações. No mundo, o número ficou em 86%. Esses dados destacam a importância estratégica de considerar o capital humano como um ativo valioso para o sucesso organizacional.
Além disso, a colaboração entre finanças e gestão de pessoas permite o desenvolvimento de planos estratégicos integrados. Isso assegura uma alocação eficaz de recursos para maximizar o desempenho organizacional e a avaliação do impacto financeiro das decisões relacionadas aos recursos humanos, permitindo que a empresa avalie o retorno sobre o investimento de forma mais precisa.
O estudo citado acima também revela que o empoderamento e crescimento profissional foram os itens mais citados pelos brasileiros como importantes para o foco em pessoas, com 84% das menções. Setenta e nove por cento dos respondentes acham que esses investimentos auxiliam o propósito das organizações e a responsabilidade social corporativa, seguido por transparência, também com 79%. Saúde e segurança, diversidade e inclusão, e bem-estar foram outros itens avaliados, destacando a importância de uma abordagem abrangente para a gestão de pessoas.
Apesar dos benefícios evidentes, a integração entre finanças e gestão de pessoas também apresenta desafios. Diferenças na linguagem, prioridades e métricas de desempenho podem dificultar a comunicação entre as áreas. No entanto, esses desafios podem ser superados com uma abordagem colaborativa e orientada para soluções.
Por fim, a colaboração entre finanças e gestão de pessoas é essencial para o sucesso empresarial. Ao integrar essas duas áreas, as organizações podem promover uma gestão mais eficiente e orientada para resultados, impulsionando tanto o desempenho financeiro quanto o bem-estar dos funcionários. Portanto, é hora de reconhecer o valor da interação entre finanças e gestão de pessoas e investir na construção de uma aliança estratégica que impulsione o sucesso empresarial
