The Happinness Index mede satisfação de colaboradores e permite identificar pontos de melhoria
Diferentes aspectos da nossa vida profissional podem influenciar os índices de felicidade no trabalho, desde características do trabalho em si, como controle de demandas e especificidades do cargo, a fatores individuais, como motivação e senso de propósito. O que cada empresa oferece, como suporte a colaboradores e pacote de benefícios, também tem um papel bastante importante em indicadores de satisfação no ambiente de trabalho.
Para apresentar opções cada vez mais personalizadas, que atendam a necessidades e preferências de cada funcionário, uma tendência do mercado atual é tornar pacotes de benefícios cada vez mais flexíveis e adequados. Nesse contexto, ter uma ferramenta que te permite avaliar o clima organizacional é primordial.
“Quando eu pergunto para o colaborador, por meio de uma pesquisa, se ele está feliz, se tem um sentimento de estar pertencendo à empresa, se é reconhecido e remunerado, tudo o que é oferecido se soma nessa percepção”, conta a Gerente de Treinamento e Desenvolvimento da Pluxee, Mônica Torquato. Segundo ela, a partir da oferta de benefícios, uma organização demonstra o cuidado que tem com o funcionário, o que se reverte em felicidade no ambiente de trabalho.
Na Pluxee, há quatro anos a pesquisa organizacional é feita com a metodologia e plataforma The Happiness Index, que utiliza conceitos de neurociência e psicologia comportamental para avaliar e entender as dores e necessidades dos colaboradores. A partir dos resultados da pesquisa, empresas conseguem avaliar, entre outras coisas, como a política de benefícios contribui para o bem-estar do trabalhador.
Segundo Mônica, uma tendência no mercado de trabalho que parte também da expressão da vontade dos funcionários é opções de auxílio mais flexíveis. “É uma tendência a oferta de benefícios não ser padrão para todo mundo. A ideia é tornar as ofertas cada vez mais individuais para atender às necessidades de cada colaborador”, ela afirma.
A flexibilidade é um fator importante para o psicólogo Vinícius Fernandes, que entende essa autonomia como uma influência no sentimento satisfação. “Acredito que a felicidade no trabalho é uma mistura de diversos fatores. Para mim, flexibilidade de horário, gestão empática e humanizada, ambiente acolhedor e que respeite as diferenças e a possibilidade de crescimento dentro de uma empresa são fatores primordiais para que eu seja feliz e tenha qualidade de vida.”
Para deixar a oferta de benefícios mais atraente, a tendência é cumprir o que é definido pela legislação e acordos coletivos, mas permitir que o colaborador faça escolhas quanto a valores e opções extras. “Existem algumas empresas que já estão trabalhando nesse modelo, de oferecer uma experiência um pouco mais individualizada. Outras estão caminhando para isso”, afirma Mônica.
The Happiness Index e escuta ativa
A tendência de personalizar benefícios está bastante ligada à percepção da importância de ouvir os funcionários e criar planos de ação que levem em conta o que é importante para eles. “Os resultados são percebidos e, por meio da pesquisa, esse funcionário pode dizer o que precisa ser melhorado”, conta Mônica.
A metodologia do The Happiness Index encoraja colaboradores e gestores a conversarem sobre o que tem a capacidade de motivar um ambiente de trabalho mais feliz. Segundo o criador da plataforma, Matt Phelan, avaliar e medir as emoções permite que líderes tomem decisões mais sofisticadas.
Aplicado em diferentes países, o The Happiness Index aponta a importância de segurança psicológica, liberdade para aproveitar oportunidades, sentimentos de reconhecimento e relacionamentos positivos no índice de satisfação com relação à carreira e atividades profissionais. Trabalhadores mais felizes são mais produtivos, criativos e precisos em suas tarefas.
No centro de uma plataforma como essa está um espaço para ter conversas honestas sobre o estado emocional e os anseios de funcionários. Ao aplicar o questionário, empresas podem customizar perguntas e fazer avaliações de acordo com os objetivos da organização. Dessa forma, é possível identificar pontos de melhoria específicos, até mesmo dentro de cada departamento.
Com uma política de escuta ativa, em que funcionários entendem que suas opiniões se transformarão em ações de melhoria, índices de felicidade, engajamento e pertencimento se tornam melhores. “Medir e não agir não traz resultado. O mais importante é ter um plano de ação estruturado, divulgado para toda a organização”, explica Mônica. A partir dessas conversas, departamentos de Recursos Humanos e gestores conseguem tomar decisões mais assertivas, que fazem a diferença no sentimento do trabalhador.
“As empresas são feitas de pessoas e, muitas vezes, alguns líderes se esquecem disso”, pondera Fernandes. Políticas que levem em conta o que os colaboradores necessitam e desejam tendem a ter melhores resultados.
“A incorporação de métodos, ferramentas e políticas que identifiquem necessidades e desejos reais dos colaboradores tem demonstrado ser um fator crucial de sucesso na gestão de recursos humanos”, finaliza a Gerente de Treinamento e Desenvolvimento da Pluxee.