Não é de hoje que os empregadores têm uma corresponsabilidade significativa com a saúde dos seus colaboradores. Ter plano de saúde é o terceiro maior desejo do brasileiro, perdendo apenas para educação e moradia própria, de acordo com o Ibope. Dados mais recentes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) dão conta de que o Brasil somou até maio de 2021 mais de 48 milhões de usuários em planos de assistência médica e um levantamento do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) mostra que a maior parte dos beneficiários (cerca de 80%) estão vinculados a planos coletivos empresariais. Ou seja, possuem o benefício pela empresa em que trabalham.
Isso significa dizer que esse financiamento da saúde por parte da iniciativa privada consome uma fatia importante dos recursos empresariais, visto que a saúde é o segundo maior gasto com pessoas de uma empresa, perdendo apenas para a folha de pagamento.
Esse cenário torna o tema extremamente sensível para as empresas e, principalmente, para o departamento de Recursos Humanos. Por um lado, para se manter atrativo no mercado e atrair os melhores talentos, é preciso oferecer um produto de qualidade na sua cesta de benefícios. Por outro, equilibrar os custos para não precisar promover cortes é uma tarefa complexa, especialmente no segmento de saúde, que não trabalha com transparência.
“A saúde suplementar historicamente ganha pela ineficiência, pelo desalinhamento de toda cadeia envolvida, inclusive pela falta de transparência e conhecimento das Corretoras, que são o principal comunicador junto a empresa e o RH. Entretanto, esse modelo tem se mostrado financeiramente insustentável no longo prazo devido aos aumentos progressivos, que resultam na pior qualidade do benefício. O RH, por sua vez, se tornou refém dessa equação, sem conhecimento técnico ou parceiros estratégicos dispostos a colocá-los no centro do seu negócio”, explica Roberto Sturm, sócio-diretor da Proativa, Corretora especializada em seguro saúde empresarial.
A figura do Corretor é essencial para a contratação dos planos de saúde e uma postura que se perpetuou de forma cultural ao longo da história é a de ser ativo apenas no momento de realizar a venda ou renovação.
“Cada vez mais, as empresas notaram que esse modelo de trabalho não faz sentido para a eficiência que o universo empresarial necessita. E é por isso que recentemente, com o aporte de tecnologia e viés consultivo, as Corretoras que adotam uma postura proativa podem ser um importante parceiro estratégico para o RH, que se beneficia – por um lado – pelo conhecimento técnico de alguém que vai ajudá-lo a estruturar e gerir melhor o benefício e – por outro – com mais tempo para dedicar à atividades que realmente demandam a sua atenção”, completa Sturm.
Listamos abaixo exemplos de serviços e benefícios que empresas podem ter a sua disposição a partir da modernização do mercado. Confira:
Experiência e inteligência para a sustentabilidade do benefício
A falta de conhecimento técnico fez com que as empresas optem pela troca de Operadora como forma de baixar seus custos imediatos com o benefício, muitas vezes orientadas por Corretoras que miram em favor próprio do seu “prêmio” na Operadora nova. Entretanto, nem sempre esse é o processo mais vantajoso em função da sinistralidade, eficiência de gestão de saúde da Operadora, rede credenciada, entre outros motivos.
“O mais eficiente em termos de sustentabilidade do benefício é entender o melhor produto para a necessidade específica da sua população e, em paralelo, executar programas inteligentes de saúde que promovam o comportamento preventivo em saúde. Essa combinação é a única possível para conter os aumentos. Afinal, pessoas saudáveis fazem menos cirurgia e tratamentos complexos, além de utilizarem menos pronto-socorro, itens relevantes em termos de sinistro geral de uma apólice”, detalha o especialista.
Uma Corretora modernizada é capaz de conduzir esse estudo dentre os beneficiários e dependentes para entender a parcela de doentes crônicos e até daqueles que deveriam usar o plano e não usam e então, a partir dessa necessidade específica indicar a melhor opção a partir da cobertura e do uso projetado, junto com um plano de ação para educar e sensibilizar as pessoas quanto ao cuidado com a saúde.
Transparência
Para garantir que essa indicação de produto e de plano de ação é a mais assertiva para o negócio (e não a mais vantajosa para o bolso das Corretoras), algumas empresas têm adotado um processo mais transparente ao abrir aos Clientes a dinâmica de remuneração dos planos. Com uma relação transparente, o vínculo Corretora e Cliente, sempre tende a ser mais de longo prazo.
E isso tem gerado um benefício às empresas que é o cashback da saúde: uma porcentagem do bônus gerado durante o processo de contratação de um plano é revertido ao RH para que sejam aplicados em programas de cuidados em diferentes frentes. “Dessa forma o recurso é usado de forma inteligente. Primeiro pela maior certeza de a Corretora ter escolhido o melhor produto para a sua população. E depois pelo uso de parte dele em iniciativas que podem ser de saúde física, mental e até mesmo de acompanhamento de casos específicos, como gravidez ou oncológicos, para que esse suporte contribua para um uso consciente do benefício sem que haja perda na qualidade do atendimento e do cuidado com cada indivíduo”, exemplifica o sócio da Proativa.
Abordagens inovadoras e personalizadas para a saúde dos colaboradores
O RH é, em geral, o principal ponto de contato dos colaboradores para tirar dúvidas sobre seus planos de saúde e procedimentos como co-participação, reembolsos ou até mesmo em perda de carteirinhas ou problemas com o prestador de serviço utilizado ou desejado. E isso pode tomar bastante tempo do dia a dia que poderia ser destinado a atividades mais estratégicas pelo RH. Além disso, quando feito com inteligência aplicada, todo esse atendimento pode gerar informações valiosas para a gestão do benefício e para a adoção de programas ou de iniciativas de engajamento.
Algumas Corretoras despertaram para essa oportunidade e passaram a oferecer uma solução de atendimento em tempo real que integra toda essa realidade. “Quem tem o dever de entender todo o contrato e particularidades das Operadoras de saúde e da relação com o Cliente, é a Corretora. E com as facilidades de comunicação de hoje, como o WhatsApp, ela pode abrir um canal direto e seguro com os beneficiários e seus dependentes para que possam se consultar – desde perguntas burocráticas até triagens com enfermeiros e médicos – e tomar suas decisões. Todos esses dados cruzados e analisados podem orientar o desenvolvimento de materiais de engajamento e sensibilização ou ainda a adoção de soluções relacionadas a co-participação, por exemplo”, pontua Roberto Sturm.