Apesar da abertura para discussões financeiras, mais da metade dos departamentos de RH se sentem despreparados para lidar com as dificuldades financeiras dos colaboradores, revela estudo da Creditas Benefícios
Da redação @MundoRH
Segundo uma pesquisa recente realizada pela Creditas Benefícios, a divisão de benefícios corporativos da fintech, mais de metade dos departamentos de Recursos Humanos (RH) brasileiros não estão preparados para abordar as dificuldades financeiras dos seus colaboradores.
A pesquisa, que envolveu mais de 300 profissionais de RH de diversas empresas e setores, representando mais de 250 mil trabalhadores, revelou que embora 84% dos RHs estejam dispostos a ouvir as preocupações financeiras de seus funcionários e 56% acreditem que os colaboradores estão abertos para discussões financeiras, 63% das lideranças não se sentem prontas para lidar com tais questões. Uma possível explicação para essa lacuna é a falta de apoio da alta liderança, resultando na ausência de benefícios corporativos focados na saúde financeira em 25% das empresas pesquisadas.
Atualmente, os benefícios financeiros mais comuns oferecidos incluem antecipação salarial (39%) e empréstimo consignado privado (35%). No entanto, 70% dos RHs acreditam que a oferta de conteúdos educacionais financeiros poderia ser uma solução viável para ajudar os funcionários.
“Propor soluções financeiras nas empresas é mais do que apenas uma medida positiva. Demonstra a preocupação com os colaboradores e contribui para a atração e retenção de talentos”, afirma Fernanda Zanetti, VP da Creditas Benefícios.
Os dados da pesquisa também indicam que a dívida tem um impacto significativo na saúde mental dos funcionários, com 81% dos devedores apresentando algum tipo de problema, como ansiedade, estresse e insônia. Para tentar resolver essas dificuldades, os brasileiros muitas vezes recorrem ao trabalho extra (32%) ou à mudança de emprego (37%) para equilibrar suas finanças.
Apesar disso, a pesquisa revela que apenas 21% dos departamentos de RH monitoram a situação financeira dos colaboradores, embora 64% acreditem que deveriam proporcionar ferramentas e apoio para melhorar a saúde financeira de seus funcionários. Mesmo com algumas empresas já oferecendo soluções, 52% dos profissionais de RH acreditam que a promoção da educação financeira é insuficiente.
“As soluções financeiras fornecidas pelas empresas não afetam apenas a situação financeira do colaborador. Elas são ferramentas importantes para cuidar da saúde mental e da produtividade dos funcionários”, conclui Zanetti.