Pedro Signorelli é especialista “insider” na implementação de OKR em empresas de diversos tamanhos e segmentos
Tentar gerir uma empresa, de qualquer segmento e tamanho, da mesma forma que se fazia há uma ou duas décadas, é caminhar hoje a passos largos para o fracasso. Hoje as metas de médio e longo prazos devem ser reavaliadas constantemente e os times têm que estar preparados e por dentro dos caminhos da companhia. Essas são premissas que não podem ser ignoradas.
Há alguns anos, o planejamento estratégico das companhias era de conhecimento de um pequeno grupo, formado invariavelmente pelo dono ou presidente e pela equipe de diretores. Hoje é impossível gerenciar algo dessa maneira e, felizmente, grande parte dos gestores já reconhece o quão importante é que toda a equipe tenha conhecimento dos objetivos da companhia.
Quando dei o título desse artigo, Gestão sem distinção, meu objetivo foi justamente chamar a atenção para a necessidade de integração da equipe. O modelo de gestão ideal para os dias de hoje pressupõe que as pessoas conheçam as metas, os caminhos que serão seguidos para alcança-las e mais, que saibam o que foi mudado no meio do caminho, o porquê dessa mudança e quais os novos direcionamentos, é graças a esse conhecimento que conseguem desenvolver melhor suas tarefas.
A gestão por OKR – Objectives and Key Results ou Objetivos e Resultados Chave – embora já exista há algumas décadas, vem cada vez mais se destacando como uma ferramenta moderna e atual, justamente por ter em seus princípios o engajamento dos colaboradores e os ajustes constantes.
Trata-se de metodologia de gestão que engaja o time em torno de uma agenda definida pela empresa. Essa agenda é reavaliada periodicamente, em ciclos que, normalmente, duram três meses, para medir o que deu certo e o que precisa ser ajustado, por uma série de razões, inclusive as externas, que não dependem diretamente do negócio, tais como a pandemia que, naturalmente, obrigou a todas as empresas a ajustar suas rotas de ações.
O OKR é uma ferramenta de gestão que privilegia a discussão baseada em dados e em conhecimento sobre o problema, o produto, o processo e o tema abordado, isso vale muito mais do que o crachá ou qualquer outra característica pessoal que o colaborador possa apresentar, pois a diversidade de opiniões é que enriquece a discussão.