Gordofobia no ambiente de trabalho: Discriminação por peso revela desigualdades corporativas
A Gordofobia, hostilidade ou aversão a indivíduos com sobrepeso, tem ecos profundos no ambiente corporativo, muitas vezes levando à exclusão e desigualdade de oportunidades. O Ministério da Saúde revela que 6,7 milhões de brasileiros enfrentam a obesidade. Surpreendentemente, um estudo do American Journal of Public Health coloca a discriminação por peso nos EUA no mesmo patamar que a discriminação racial.
O cenário fica mais complicado para as mulheres. Segundo o Wall Street Journal, 11% dos líderes de RH admitiram que o peso influenciou suas decisões de contratação. Um estudo de 2014 da Universidade Vanderbilt descobriu que mulheres obesas ganham, em média, US$ 5,25 a menos por hora do que aquelas com “peso normal”. Embora a disparidade salarial seja menos pronunciada entre os homens, a tendência geral é que trabalhadores com sobrepeso ou obesos enfrentem salários menores e menos promoções.
Este estigma vai além do profissional. Muitos com obesidade são injustamente tachados de preguiçosos ou com falta de força de vontade.
Contudo, há um raio de esperança. Em novembro de 2023, Nova York adotará uma lei proibindo a discriminação por peso e altura, juntando-se a outras proibições como raça, gênero e orientação sexual no mercado de trabalho e acesso à habitação.
Para aprofundar o tema, o MUNDO RH convidou a especialista Tamyres Sbrile (@itstamyres) em seu programa “Conectando Humanos”. Sbrile comenta: “A gordofobia não é apenas prejudicial para quem a sofre, mas perpetua uma cultura de exclusão. Estigmatizar corpos maiores promove ideais de beleza inatingíveis, especialmente para as mulheres.” Em busca de uma sociedade mais inclusiva, o diálogo e o respeito são essenciais. Confira a entrevista completa com Tamyres Sbrile.