Levantamento realizado pela Swile e pela Leme Consultoria, mostrou que a modalidade de benefícios flexíveis subiu da 10ª para a 6ª posição em prevalência dentre todas as outras opções oferecidas no país
A Swile, worktech global de benefícios flexíveis que recentemente alcançou o status de Centauro, está lançando a edição de 2022 do Guia Nacional de Benefícios, que traz uma análise profunda do cenário de benefícios corporativos no país, ajudando os RHs, e as empresas como um todo, a se tornarem ainda mais estratégicos em suas decisões. O material foi produzido pela Swile em parceria com a Leme Consultoria e, ao todo, foram ouvidas mais de 1600 empresas, mais que o dobro de empresas participantes da edição 2021, em todas as cinco regiões do Brasil, trazendo informações que traduzem com veracidade o cenário atual dos benefícios corporativos.
Um dos principais dados que a pesquisa demonstrou foi um salto antológico na prevalência da oferta de Benefícios Flexíveis em 2022 na comparação com o ano passado. Esta modalidade de benefícios subiu da 10ª para a 6ª posição, partindo de aproximadamente 26,2% de prevalência ,para um total de 44,20%. Além disso, o levantamento apontou que 23,8% das empresas que ainda não oferecem esse modelo de benefício aos colaboradores, têm a intenção de fazê-lo. Ou seja, se este cenário se concretizar, a flexibilização dos benefícios deve contar com uma prevalência aproximada de 68% em 2023, entre as empresas pesquisadas..
O estudo de 2022 revelou uma mudança em relação a 2021: as duas primeiras posições do ranking de Benefícios com maior prevalência nas empresas foram Assistência Médica (76,2%) e Refeição (75,1%), as mesmas do ano passado, mas em ordem invertida. Veja o ranking abaixo:
Ranking 2022
Para Renan Sinachi, CSO da Leme Consultoria e especialista em Remuneração Estratégica, os benefícios flexíveis ainda têm se mostrado uma excelente alternativa para atrair e engajar os talentos, o que também vem contribuindo para a adesão das empresas a esse modelo. “Esse ainda é um benefício visto como diferencial e as pessoas, colaboradoras ou não, já percebem o seu valor, pois ganham em liquidez no fim do mês. E, do lado das organizações, vale a pena, sem dúvidas, afinal, este benefício não possui encargos trabalhistas e previdenciários e ainda fortalece a marca empregadora”, comenta Sinachi.
Segundo o núcleo de pesquisa da Leme Consultoria, o resultado das mudanças no ranking de prevalências reflete, principalmente questões como a inflação no país; a mudança na dinâmica do mercado de trabalho com a redução do desemprego; o cenário de juros em alta em nível global e a escassez de recursos para o financiamento de empresas; e o risco de alteração nas diretrizes macroeconômicas e trabalhistas no Brasil após as eleições.
Para Julio Brito, General Manager da Swile Brasil, essa mudança nas primeiras colocações passa muito pelo cenário que o Brasil enfrenta. Segundo o executivo, em 2020 e 2021, vivemos algo praticamente impensado para a maior parte das pessoas: ficar por meses em quarentena por conta de uma pandemia e, se antes da pandemia de 2020, os benefícios em saúde já tinham bastante espaço, atualmente eles ganharam o mais elevado patamar de prioridade para os RHs e para os colaboradores. “Por conta disso, é até uma tendência que eles permaneçam com alto grau de importância, em função do encarecimento da saúde privada, da pressão sobre o sistema público de saúde, da conscientização das pessoas sobre a importância de cuidados preventivos e do envelhecimento da massa populacional”, afirma Brito.
Com isso, de maneira geral, fica visível que benefícios que trazem maior qualidade de vida no curto prazo e são legalmente mais consolidados ganharam mais espaço em 2022, fato que pode ser percebido, por exemplo, com a subida do benefício “Alimentação”, de 4ª maior prevalência em 2021 para 3ª em 2022, alcançando 57% de prevalência entre as modalidades pesquisadas; e a subida do benefício “Seguro de Vida”, de 5ª para a 4ª posição, que apesar de ter caído de 59% para 57%, descontado o desvio-padrão, este benefício praticamente não sofreu alterações em seu valor percentual, indicando que foram os outros benefícios que caíram em adesão, e não necessariamente o Seguro de Vida que apresentou crescimento.
Outro dado que chama atenção na pesquisa é a queda do benefício home office. Esta modalidade saiu da 6ª posição no ranking de prevalência em 2021 para a 8ª posição em 2022, sendo mais um benefício que apresentou declínio, principalmente no volume de concessão, que caiu de 45,1% das empresas para 28,5%. Segundo a Leme Consultoria, o fato é que ele surgiu como um farol, um mecanismo paliativo durante a quarentena e, em função da retomada do modelo 100% presencial ou híbrido, é natural que perca relevância e prevalência. A exceção, claro, são as empresas com políticas de trabalho remoto mais amadurecidas, em negócios cujo modelo de gestão à distância é mais viável, ou seja, uma minoria.