A pandemia acelerou as mudanças no ambiente corporativo. No setor de Recursos Humanos (RH) e Departamento Pessoal (DP), a digitalização dos setores também se tornou uma necessidade urgente para milhares de empresas. Com o regime de trabalho home office, os colaboradores tiveram que se adaptar a uma rotina quase que autônoma de trabalho, o que refletiu na mudança de diversos processos.
“Os negócios passaram por dois anos de grandes transformações. A pandemia deu urgência a mudanças que vinham sendo implementadas aos poucos ou vinham sendo adiadas. Neste mesmo sentido, tanto RHs quanto DPs precisaram repensar e mudar seus modelos de gestão de pessoas e negócios”, aponta Marcelo Furtado, CEO e cofundador da Convenia, HRTech com soluções voltadas para a digitalização e automatização dos processos de RHs e DPs.
Para 2022, o CEO aponta que as tendências que seguirão com força no setor serão a digitalização de processos internos e a adoção do trabalho híbrido, já que milhares de empresas preveem esse retorno gradual aos escritórios no próximo ano.
“Antes da pandemia, existia uma certa resistência quanto ao home office. No entanto, com a necessidade de adequação a esse modelo, as empresas viram que esse era um formato de trabalho que deu certo em muitos casos. A iniciativa superou tanto as expectativas que hoje muitas empresas cogitam implementar o formato híbrido ou continuar nesse modelo totalmente remoto, excluindo o escritório físico”, argumenta.
Diante desse cenário de novas mudanças previstas para o ano seguinte, Furtado elenca quais serão as principais tendências para o RH em 2022.
1 – Digitalização do RH: A digitalização dos RHs e DPs foi algo muito presente na rotina das empresas durante os primeiros estes dois anos de pandemia. No entanto, a tendência é que as organizações automatizem cada vez mais seus processos internos, liberando o tempo destes setores burocráticos para as pessoas que fazem parte da empresa.
2 – Trabalho híbrido: O trabalho híbrido não será uma regra, mas de acordo com estudos produzidos pela Gartner, empresa de consultoria, 92% dos profissionais esperam trabalhar neste formato de agora em diante.
3 – Autonomia dos colaboradores: A pandemia permitiu mais autonomia e flexibilidade na rotina dos trabalhadores. E, embora essa tenha sido uma alteração forçada na rotina de trabalho de milhares de empresas, foi algo que, em muitos casos, teve um retorno positivo, aumentando inclusive a produtividade dos colaboradores.
4 – Saúde e bem-estar: Neste período de pandemia, outro tema que entrou no radar das empresas foi a saúde mental e o bem-estar dos colaboradores. De suma importância, esse é um tema que deve prevalecer na rotina do mundo corporativo, a fim de abrir o debate para questões que antes não eram tão abordadas dentro das organizações.
5 – Capacitação de lideranças: Mais do que nunca, os líderes terão papel fundamental na promoção de ambientes saudáveis para o retorno dos colaboradores. Depois de tanto tempo em casa, é normal que os trabalhadores se sintam inseguros ao retornarem para a rotina presencial. Por isso, desenvolver as lideranças para que elas tenham esse olhar atento, compassivo e generoso nesses momentos, fará total diferença para o retorno.