A ascensão das IAs genéricas escancara seus limites e reforça a importância de soluções treinadas para nichos específicos, com mais segurança, precisão e impacto real nas empresas.
Bruno Nunes – CEO da Base39
A rápida popularização das inteligências artificiais generativas, como o ChatGPT, está remodelando profundamente nossa interação com a tecnologia. Com mais de 180 milhões de usuários ativos mensais em 2024, segundo a OpenAI, essas plataformas mostram como a IA se tornou parte do cotidiano. No entanto, a ascensão das IAs genéricas — projetadas para abordar qualquer tema sem especialização — também levanta questões importantes sobre riscos, limites e a necessidade de soluções mais seguras e segmentadas.
Uma das maiores preocupações envolvendo IAs genéricas é a ocorrência de “alucinações”, quando a ferramenta gera informações incorretas ou inventadas de forma convincente. Como esses modelos não são treinados especificamente em nichos ou áreas de conhecimento profundo, acabam mais propensos a erros. É nesse contexto que as soluções especializadas ganham destaque: ao serem treinadas para segmentos específicos, como faz a Base39, essas IAs reduzem significativamente a chance de imprecisões, oferecendo respostas mais confiáveis e alinhadas à realidade do usuário.
Outro ponto de atenção é o impacto emocional e social do uso indiscriminado de assistentes genéricos no lugar de interações humanas. Pesquisas da OpenAI e do MIT indicam que a substituição de vínculos interpessoais por diálogos com bots pode reforçar sentimentos de isolamento. A aposta em inteligências artificiais segmentadas, com comunicação mais humanizada e consciente dos contextos em que operam, torna-se uma alternativa importante para equilibrar tecnologia e relações sociais reais.
No meio acadêmico e profissional, o uso de IAs genéricas também levanta dilemas éticos, como riscos de plágio e fabricação de dados. Ao investir em modelos treinados para nichos específicos, como os desenvolvidos pela Base39, organizações podem mitigar esses riscos e promover a integridade intelectual. Isso reforça a necessidade de adotar tecnologias de forma criteriosa, reconhecendo a diferença entre soluções genéricas e especializadas.
Embora a inteligência artificial genérica represente um avanço notável, seu uso exige senso crítico, regulamentação e uma abordagem estratégica. O futuro passa por IAs treinadas sob medida para cada segmento, capazes de aliar inovação e segurança. Reconhecer as limitações dos modelos amplos e fomentar o uso de soluções especializadas é essencial para que a inteligência artificial cumpra seu papel de transformar positivamente a sociedade.