Os dados mostram que o RH está em um momento de transformação profunda.
O uso de Inteligência Artificial (IA) está ganhando espaço no setor de Recursos Humanos. De acordo com uma pesquisa realizada pela Caju, empresa de tecnologia especializada em soluções para gestão de RH, em parceria com as startups Comp e Pipo Saúde, 47,8% das empresas brasileiras já utilizam IA em seus processos. O levantamento contou com a participação de 196 profissionais de RH de diversos setores e regiões do Brasil.
O estudo integra a terceira edição do Goles de Inspiração, relatório anual desenvolvido pela Cajuína, frente de inteligência e conteúdo da Caju. Entre os dados mais relevantes, destaca-se a ampla aceitação da IA: 67,4% dos profissionais de RH apoiam totalmente o uso da tecnologia e nenhum participante manifestou desaprovação.
Tendências e Prioridades do RH em 2025
O bem-estar dos colaboradores permanece como a maior preocupação para 73% dos respondentes, evidenciando a necessidade de ambientes de trabalho saudáveis que promovam engajamento e desempenho. Em seguida, o uso de tecnologia e dados aparece como prioridade para 50,6% dos profissionais.
“Os dados mostram que o RH está em um momento de transformação profunda. A tecnologia precisa ser usada para liberar tempo e energia para o que realmente importa: as pessoas. Integrar bem-estar, inclusão e inovação é o caminho para criar ambientes de trabalho mais equilibrados e alinhados com as expectativas dos colaboradores e das empresas”, destaca Lucas Fernandes, CHRO da Caju.
Modelos de Trabalho em Foco
O levantamento também revelou as preferências em relação aos modelos de trabalho. O formato híbrido, com até duas presenças semanais no escritório, é o favorito de 49,4% dos profissionais de RH. O trabalho remoto integral teve adesão de 11,8%, enquanto o modelo presencial foi escolhido por apenas 5,1%.
“Embora os RHs apoiem o uso da IA, muitos ainda a veem como uma ferramenta para otimizar tarefas operacionais. No entanto, ela vai muito além disso, podendo apoiar estratégias através do cruzamento de dados e fornecimento de insights. Dessa forma, libera-se tempo para promover mudanças significativas e focar no que realmente precisa do olhar crítico humano”, afirma Marcela Ziliotto, Head de People da Pipo Saúde.
Filipe Ducas, cofundador e executivo sênior de compensação da Comp, complementa: “A tecnologia não deve ser vista como uma ameaça aos modelos tradicionais, mas como uma aliada indispensável. Ferramentas digitais têm o potencial de personalizar a experiência dos colaboradores, conectando dados e insights para criar um ambiente de trabalho mais ágil, colaborativo e estratégico”.
Perfil da Pesquisa
- Participantes: 196 profissionais de RH;
- Regiões: Sudeste (72,4%), Sul (16,9%), Nordeste (8,1%), Norte (1%), Centro-Oeste (1,5%);
- Setores: Tecnologia e Telecomunicações (35,8%), Indústria (9,3%), Financeiro (7,7%), Comunicação (5,7%), Varejo (5,1%), Educação (5,1%), Transporte e Logística (4,6%), Agronegócio (4,1%), Serviços (4,1%) e outros (18,5%);
- Faixa Etária: 35 a 44 anos (46,9%), 25 a 34 anos (31,1%);
- Gênero: Mulheres cisgênero (69,4%), homens cisgênero (28,6%), mulheres transgênero (0,5%), preferem não dizer (1,5%);
- Identidade Racial: Brancos (72,4%), pardos (18,4%), negros (7,7%), indígenas (0,5%) e amarelos (1%);
- Orientação Sexual: Heterossexuais (84,7%), homossexuais (7,7%), bissexuais (6,6%), preferem não dizer (1%).
O estudo reforça o papel estratégico do RH na integração entre tecnologia e gestão de pessoas, destacando a IA como uma aliada na construção de ambientes corporativos mais inovadores e humanizados.