Melhor ser grande com menos autonomia do que pequeno e completamente autônomo
Kevin Systrom e Mike Krieger, founders do Instagram, foram entrevistados no palco do SXSW (South by Southwest) este ano por Josh Constine – jornalista do Tech Crunch. A ideia deles, no início, não era mudar por completo a indústria da fotografia. “A foto só parecia ser a melhor maneira na época de compartilhar nossos momentos”. Foram muitos os aprendizados na fase de crescimento exponencial do Instagram, principalmente, no que diz respeito a parte de infraestrutura. Eles contam que mantiveram o foco em contratar pessoas para o time. “O maior erro das empresas é dizer que não possuem tempo para contratar e entram num ciclo vicioso”.
Os fundadores da rede social que mais cresce no mundo ressaltam que, se você não se reinventar constantemente, sua empresa ou produto irá morrer. Por isso, eles apostam alto na mudança. O Instagram foi desafiado continuamente, seja o algoritmo da timeline versus ordem cronológica, stories versus timeline, entre outros. Mas eles mantiveram o “core value”.
O impacto dos influenciadores no marketing deve ser mais regulado ou não? Eles dizem que vão esperar pra ver, pois não sabem o melhor caminho. Sobre a integração das plataformas, eles dizem que será mais no nível de mensagens. Quanto mais pessoas, mais útil ela será. Eles gostam da ideia, principalmente, do ponto de vista dos microempreendedores que usam cada ferramenta para um objetivo diferente. No Brasil, o Instagram e o WhatsApp estão sendo muito usados em conjunto.
Kevin e Mike abrem o jogo dizendo que com o tempo eles perderam a autonomia do negócio – após a compra do Facebook. Foi um resultado natural do sucesso e da importância do produto para o Facebook. “Melhor ser grande com menos autonomia do que pequeno e completamente autônomo”.
Por Sérgio Passos, CTO da Take