Em um ano de instabilidade econômica como este 2016, líderes, executivos e gestores de RH ficam mais suscetíveis
Afinal, as suas decisões vão impactar o futuro da empresa e de seus colaboradores. Por isso, as empresas que tiverem gestores com maior capacidade de se relacionar, liderar e lidar com situações ambíguas vão conseguir retomar o crescimento de forma mais rápida e sólida.
A Inteligência Emocional é uma dessas competências não palpáveis que são exigidas dos líderes atualmente. Ela pode ser definida como uma série de competências emocionais e sociais que contribuem para como o indivíduo age, se percebe, se expressa, se relaciona e define como cada um lida com os desafios, algo amplamente utilizado por todos nós (uns melhores, outros piores) no dia a dia.
Um estudo conduzido pelo Centro de Liderança Criativa, um provedor global de educação executiva, mediu a Inteligência Emocional de 302 líderes, entrevistando também seus pares. O resultado mostrou que alguns subgrupos de Inteligência Emocional podiam prever alto desempenho de liderança em 80% dos casos. Um resultado tão expressivo como esse não deve ser desprezado.
Por isso, para as empresas, a matemática é simples: líderes com Inteligência Emocional mais desenvolvida desempenham melhor o seu papel, gerando mais e melhores resultados para a organização que os contratou. Competências tais como empatia, independência, assertividade, teste de realidade ou controle de impulsos (para nomear apenas algumas), têm um papel fundamental na habilidade do líder lidar corretamente com os seus desafios e objetivos.
É importante lembrar também que, num contexto empresarial, líderes são multiplicadores. Ou seja, o seu comportamento afeta – positiva ou negativamente, direta ou indiretamente – um número grande de colaboradores. Líderes com Inteligência Emocional apurada tendem a ter equipes que rendem mais. Consequentemente, equipes que rendem mais, dão mais resultados e capitalizam mais para as empresas.
Por último, mas não menos importante, está na mensuração do nível de Inteligência Emocional dos profissionais. Hoje em dia existem ferramentas como a EQ-i 2.0, por exemplo, que mensuram esse tipo de habilidade com precisão, inclusive considerando a percepção que o restante da organização tem de cada líder. Isto permite traçar um plano de desenvolvimento preciso e assertivo. Por isso, é vital a importância a avaliação da Inteligência Emocional antes e depois de as ações de desenvolvimento serem colocadas em prática.
Paulo Aziz Nader atua como consultor no setor de desenvolvimento organizacional com a Leverage Coaching