Imagine, aos 22 anos, ter a oportunidade de passar uma temporada na Europa para aprimorar as habilidades de colaboração e inovação, aprender sobre o universo corporativo, e ainda poder trabalhar com um CEO global de uma empresa que está presente em mais de 60 países, líder de mercado em seu segmento e com mais de 20 anos de tradição. É isso que o universitário Guilherme Servidoni, 22, irá vivenciar durante o mês de setembro, quando o estudante de engenharia da computação da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) participa da sexta edição do CEO for One Month.
O programa do Grupo Adecco, empresa mundial em soluções de recursos humanos, existe desde 2014 e tem como objetivo oferecer uma experiência real para preparar jovens talentos para o mundo do trabalho. O projeto seleciona um universitário em cada um dos 46 países participantes e, neste ano, recebeu mais de 200 mil inscrições pelo mundo – sendo 4 mil no Brasil. Agora, os 10 que mais se destacaram farão um bootcamp na Alemanha e apenas um deles será o escolhido para trabalhar por um mês com o CEO do Grupo, Alain Dehaze. É a primeira vez que o Brasil será representado na etapa internacional do programa.
O estudante embarca para a Alemanha na próxima semana e diz estar se preparando para os novos aprendizados. “Sinto que não poderia ter sido melhor preparado durante o meu mês na Adecco em São Paulo. Agora é continuar estudando sobre a empresa, adquirindo experiências e agregando o máximo possível em conhecimento em Düsseldorf, possivelmente trazendo o título de Global CEO que o Brasil ainda não conhece”.
Para a fase nacional, Guilherme trabalhou duro. Ele mudou-se para São Paulo e passou o mês de julho na sede da empresa. Além de participar do dia a dia da Adecco, acompanhando a liderança da empresa e visitando clientes, Guilherme teve chance de ver de perto como se faz gestão de pessoas, sua carreira dos sonhos. “Apesar de estudar computação, nunca quis me restringir a um campo apenas. Desde o início da faculdade eu me envolvi em projetos de gestão, participei da empresa júnior e li muito sobre o assunto”, conta.
Todos os 46 CEOs por um mês que participaram do programa, cada um em seu país, submeteram um projeto para avaliação global. Seu projeto – ainda sigiloso – foi o responsável pela sua classificação na próxima etapa. De volta a São Carlos e às aulas, Guilherme aguardou o resultado da etapa global do programa e agora, está com altas expectativas para a próxima fase do programa. “O Brasil é o único país da América Latina competindo no bootcamp global e isso coloca um peso bem grande nas minhas costas”, afirma ele.
Dentre as principais lições aprendidas até agora de ser CEO aos 22 anos, Guilherme destaca a persistência para alcançar um objetivo e a vontade de inovar. “Aprendi que você deve correr atrás de sua carreira e buscar seu próprio caminho. Sempre busque seu desenvolvimento e acredite em você. E se inscreva em todas as oportunidades que puder. De repente, você vira CEO por um mês”, brinca.