Redesenhar a arquitetura de aprendizagem, tomando como base o desenvolvimento dos “skills gaps” e uma liderança forte, é mandatório
Por Marisa Nannini – Diretora de Negócios B2B do UOL EdTech
Não faltam previsões e pesquisas indicando que os maiores desafios do futuro do trabalho estão voltados a: cultura, talentos, engajamento, produtividade e renovação dos times das empresas.
Tudo isso inserido em um contexto em que a tecnologia e IA (Inteligência Artificial) vêm remodelando o ambiente de trabalho, reinventando os mapas de carreira e exigindo novos conhecimentos e habilidades interpessoais, conhecidas também como soft skills.
A meu ver, num mundo pautado pela colaboração, há um aspecto do desenvolvimento das pessoas que considero imprescindível para tornar as empresas mais eficazes e olhando para o futuro: a diversidade cognitiva.
Redesenhar a arquitetura de aprendizagem, tomando como base o desenvolvimento dos “skills gaps” e uma liderança forte, é mandatório. Faz-se necessária uma virada de chave nos objetivos de treinamento, fazendo com que estejam diretamente ligados a resultados, criando prontidão dos funcionários para aproveitar as necessidades e oportunidades do marketplace da empresa. Tudo isso será muito facilitado pela adoção de IA, já que a cada 10 profissionais, 6 deverão ser treinados antes de 2027 (segundo WEF, 2023).
Um estudo da Harvard University revelou que 85% do sucesso profissional é alcançado a partir de um conjunto de habilidades interpessoais, dado que ressalta a importância de as empresas mapearem, identificarem, desenvolverem e validarem os skills essenciais dos seus times para manter-se inovadora e competitiva.
Não por acaso, os projetos de corporate learning do UOL EdTech Para Empresas mostraram que somente na solução Sap360 (*), no 2o semestre de 2023, foram mais de 60 mil horas de treinamento e 100 mil conclusões, o que equivale a um crescimento em relação a 2022 da ordem de 60%.
Outra pesquisa, essa da Deloitte, indicou que mais de 2/3 das empresas têm planejado redesenhar sua forma de trabalho e incorporar novas competências transversais para assegurar a resiliência e flexibilidade organizacional. Interessante notar que grandes empresas, como Google e Apple, que vêm investindo de forma consistente na capacitação de soft skills de seus times, já demonstram resultados superiores das equipes treinadas.
Segundo estudo do Fórum Econômico Mundial sobre o futuro do trabalho, publicado em maio passado, habilidades como IA e Dados, pensamento analítico e crítico, Inteligência emocional e colaboração, Liderança, gestão e motivação de equipes e Lifelong learning (aprendizado contínuo) serão cada vez mais valorizadas pelo mercado e poderão assegurar vantagem para os colaboradores em suas carreiras.
Em suma, a abordagem e concepção dos programas de desenvolvimento com base em skills é um investimento vital para qualquer empresa que busca se diferenciar, ter sucesso e crescimento sustentável ao longo dos próximos anos.