Pesquisa revela perfil da mulher que integra o mercado de trabalho e mostram que 37% delas são as únicas responsáveis financeiras por seus lares e 75% querem mudar de emprego por estarem totalmente insatisfeitas com o salário
A VR realizou um levantamento para entender o perfil da mulher brasileira que integra a força de trabalho e identificou que 58% consideram-se profissionais com experiência sólida de carreira. Ainda assim, sete em cada dez querem mudar de emprego por estarem totalmente insatisfeitas com o salário. Feita pelo Instituto Locomotiva, a apuração para a VR ouviu 2060 mulheres de todo o país. Do total, 83% delas trabalham no formato presencial e quase metade leva de 45 minutos a 2 horas para se deslocar de casa até o trabalho, e vice e versa.
Estas condições adversas têm causado impacto na saúde emocional feminina. De acordo com o levantamento, 47% delas já enfrentaram crises de ansiedade, pânico e depressão, e metade afirmaram que nos últimos 12 meses sofreram de estresse ou burnout no ambiente em que trabalham. A prática de atividade física, que seria uma espécie de antídoto a essa condição de saúde, é realizada por metade das mulheres entrevistadas, sendo 17% quatro vezes ou mais por semana; 15% para três vezes; 12% duas; 6% apenas uma vez por semana. A outra metade ficou na casa do nunca ou raramente.
Ganha-pão
O levantamento da VR identificou ainda que 37% das trabalhadoras entrevistadas são as únicas responsáveis financeiras por seus lares e 39% vivem apenas com seus filhos. No que tange as despesas com alimentação, 25% das ouvidas apontaram que os custos com alimentação e refeição representam muito mais que a metade dos gastos mensais totais. As que moram nas capitais e regiões metropolitanas gastam até R$ 1.200. Nas regiões litorâneas elas gastam ainda mais, uma média de R$ 1.300.
Quase metade (49%) delas não se preparam financeiramente para o futuro, seja por razão de desemprego ou aposentadoria. Quando perguntadas por quanto tempo teriam uma reserva de dinheiro sem precisar buscar ajuda financeira, 46% se manteriam até no máximo um mês. Sobre prestações, financiamentos, consórcios, empréstimos entre outras modalidades financeiras, 47% estão com dívidas, mas com os pagamentos em dia, entretanto, 30% possuem dívidas com o pagamento atrasado há mais de 30 dias, 22.66% dessas mulheres entrevistadas já se endividaram e afirmaram não possuírem conhecimento de finanças.