Cláudia Danienne, psicóloga organizacional que atua há quase 30 anos com Gente & Gestão-, ressalta que o benefício ao colaborador e sua família também favorece a gestão corporativa, com maior compromisso e dedicação nas entregas profissionais
Na semana em que é celebrado o Dia dos Pais, a psicóloga organizacional Cláudia Danienne ressalta a importância da licença paternidade nas empresas, não somente pelo seu viés jurídico, mas, principalmente, pela humanização que deve ter cada vez mais relevância na gestão corporativa.
“Paternidade envolve vínculo, conexão real e não apenas a digital. Por isso, estar presente, ouvir, ser exemplo, inspirar são fundamentais à base familiar. E as companhias precisam perceber este momento com acolhimento! Sim, celebrar a paternidade”, ressalta Cláudia que atua há quase 30 anos com áreas relacionadas a gente e gestão.
Para se ter ideia, de acordo com dados do relatório “Situação da Paternidade no Brasil”, 68% dos pais não tiraram sequer a licença paternidade de cinco dias prevista por lei após o nascimento ou adoção. “Há quem desconheça e aqueles que têm receio de comprometer a carreia com a ausência temporária. Por isso são tão necessários os programas de humanização corporativa nas empresas, a criação e implantação de culturas mais empáticas”, revela a executiva da Degoothi Consulting.
Segundo dados da Receita Federal de 2019, coletados e divulgados em 2021 no estudo “Licença paternidade estendida”, apenas 13% das empresas brasileiras aderiram ao Programa Empresa Cidadã (Lei nº 11.770/2008), que permite prorrogar por até sessenta dias a duração da licença-maternidade e por quinze dias a duração da licença paternidade.
A especialista ressalta que a relação entre profissional e empregador que permite com total generosidade (não por lei) que o pai esteja mais próximo da família com a chegada do bebê só trará benefícios! Empresas que buscam a felicidade de seu time, têm outra entrega por parte dos profissionais, com maior dedicação, compromisso e senso de dono. “É o que chamamos de ganha-ganha, favorece a corporação e o profissional”, explica Cláudia.
Em um mundo cada vez mais dinâmico, quem humaniza oportunidades, conquista verdadeiros aliados profissionais. “Deve-se ter em mente que, somado a um bom plano de remuneração, um Plano de Humanização fará toda a diferença para as melhores empresas para se trabalhar”, finaliza a psicóloga organizacional.