Hoje uma empresa que não investe em benefícios e bonificações não consegue mais reter talentos
Marcelo Lopes — CEO da Eva Benefícios
O Big Brother Brasil é um programa que entrega muito mais que entretenimento, ele pode trazer ensinamentos preciosos para uma empresa. O reality show mostra diariamente como engajar os participantes a se manterem no jogo, não apenas pelo prêmio, mas também pelos benefícios e tudo que o reality pode proporcionar, inclusive para a carreira. E assim também é o mundo corporativo, nem todo mundo permanece em uma empresa apenas pelo salário.
Anteriormente, muitas pessoas se perguntavam se valia a pena tamanha exposição sem a garantia de um prêmio final, e hoje a resposta é claro que vale. É aí que entra a grande lição do BBB para as empresas, os confinados assinam um contrato de exclusividade, ganhando um salário baixo, e os benefícios e prêmios são justamente o diferencial do programa.
Os atrativos do reality são todos os bônus por permanência e os brindes valiosos que os participantes podem ganhar nas provas ao longo do programa, como cartões de lojas de varejo, carros, e eletrodomésticos, além da possibilidade de faturar alto com presenças vip, campanhas publicitárias e outros contratos de trabalho, após deixar o reality.
Percebemos que o que motiva os participantes não é o prêmio final, mas tudo o que pode ser conquistado ao longo da jornada, já que o prêmio do BBB de R$ 1,5 milhões se tornou pequeno diante dos benefícios do programa. Olhando o cenário do mundo corporativo, na relação “salário x benefícios”, mais da metade dos colaboradores preferem “melhores benefícios a melhores salários”.
Hoje uma empresa que não investe em benefícios e bonificações não consegue mais reter talentos. A maioria das empresas já perceberam que um funcionário feliz, e que está contente no seu ambiente de trabalho, é capaz de produzir com mais qualidade e de colaborar mais intensamente para gerar melhores resultados.
Com a competividade na busca por bons profissionais, o setor de Recursos Humanos das empresas precisou passar por uma inovação para tornar as vagas em aberto um objeto de desejo, que vai muito além de receber um salário no final do mês. O funcionário ou candidato tem que sentir que a empresa pensa nele ao oferecer um benefício e aí que os cartões de benefícios flexíveis se destacam.
Assim como na casa do BBB, os times das empresas estão cada vez mais diversos de gerações, etnias, raças, regionalidades e costumes, as companhias não podem mais pensar em ações que não levem em conta as especificidades dos seus colaboradores.
Fala-se muito, atualmente, na personalização da experiência do funcionário, ou seja: olhar para as demandas individuais de cada um e criar estratégias para atendê-las.
Oferecer benefícios clássicos de transporte, alimentação e refeição, já é ultrapassado. Diante de tantos casos de Burnout, os benefícios relacionados à saúde, se tornaram essenciais para o desempenho dos colaboradores e dos negócios. Nós acreditamos no poder dos benefícios flexíveis como o saldo livre para que os colaboradores adquiram cursos profissionalizantes e livros, abasteçam automóveis, comprem em farmácias, frequentem cinemas e academias.
As empresas precisam entender que as pessoas têm características e necessidades diferentes e prezar pela liberdade de escolha, que hoje, é essencial para aumentar a motivação e a produtividade dos colaboradores.