Liderança feminina: como promover e incentivar nas empresas?
Os dados sobre liderança feminina nacionais e internacionais demonstram o quanto ainda há desigualdade de gênero. É por essa razão que as empresas precisam desenvolver ações de diversidade e inclusão, para que a realidade seja alterada positivamente.
Os profissionais de RH devem compreender esse assunto, a fim indicar quais estratégias internas devem ser feitas para que haja mais mulheres na liderança.
Portanto, se você deseja fazer uma boa gestão de RH voltada ao empoderamento e crescimento da participação feminina no mundo corporativo, continue a leitura!
Liderança feminina no mercado de trabalho
Sabemos que as mulheres no mercado de trabalho não possuem equidade com os homens. Nas posições de liderança essas diferenças acentuam-se ainda mais.
Quanto mais alta a posição, menos a participação feminina é vista. É o que mostra a pesquisa realizada pela Grant Thornton, onde revela que apenas 15% das empresas possuem uma mulher na diretoria.
Olhando para a América Latina, esse percentual cai para 11%. Além disso, mais da metade dessas empresas não apresentam mulheres na liderança. De acordo com o estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o ideal seria as instituições terem, no mínimo, 30% dos cargos de gestão comandados por mulheres.
Todavia, 60% das corporações no mundo não atingem essa meta, o que dificulta muito a criação de ambientes diversos. Os benefícios, inclusive, só são sentidos quando a distribuição de funções por gênero é entre 40% e 60%.
O salário desigual, algo tão debatido no mercado de trabalho, também se mantém para os cargos de liderança feminina. As líderes ganham 23% a menos que os homens na mesma posição, mesmo quando elas apresentam qualificação superior.
Infelizmente, segundo Mara Turolla, gerente de desenvolvimento de talentos e diversidade da consultoria LHH, o crescimento da liderança feminina caminha a passos lentos, dificultando ainda mais a igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho.
Liderança feminina no Brasil
Como foi visto, os dados sobre liderança feminina nas empresas não é positivo. No Brasil, o cenário se mantém em declínio.
Segundo o IBGE, apenas 37,4% das profissionais brasileiras ocupam um cargo de liderança. O mais alarmante é que esse dado era 2 pontos percentuais maior em 2018. Ou seja, o mercado não está evoluindo.
A pesquisa “Atitudes Globais pela Igualdade de Gênero” demonstra que há também preconceito por parte dos colaboradores.
Em média, 3 em cada 10 profissionais brasileiros se sentem desconfortáveis em ter uma mulher como chefe. A média mundial é de 17%, o que faz o Brasil estar igualado com países de grande aversão feminina no mercado de trabalho, como Índia, Coreia do Sul e Malásia.
Essa problemática piora ainda mais quando fazemos um recorte racial. De acordo com o GPTW, existem mais mulheres brancas em empresas quando comparadas a mulheres pretas ou pardas.
Lélia Gonzalez, em seu livro “Por um Feminismo Afro Latino Americano”, fala que a mulher negra estruturalmente tem uma invisibilidade profissional. E, mesmo que haja o movimento de empoderamento de mulheres no Brasil, de nada adiantará se as profissionais pretas e pardas continuarem à sombra da população feminina branca.
Isso significa que, para o mercado de trabalho mudar e de fato diminuir ou acabar com a desigualdade de gênero, é preciso atuar em conjunto com mudanças sociais e culturais.
Somente dessa forma o Brasil sairá da 94º posição do ranking mundial de desigualdade de gênero, e conseguirá enfim evoluir no mundo corporativo.
Características da liderança feminina: como elas beneficiam o mundo corporativo
O perfil da liderança feminina sem dúvida é bem diferente. Elas têm soft skills preciosas para uma gestão de pessoas humanizada. Dentre elas estão:
- Espírito de equipe e colaboração;
- Empatia;
- Harmonização do ambiente corporativo;
- Resiliência.
Essas habilidades comportamentais são extremamente importantes para o mercado de trabalho. Isso porque, é muito mais fácil ensinar algo técnico para alguém do que alterar sua forma de agir.
Além disso, as mulheres na liderança também costumam apresentar maior flexibilidade, dedicação e determinação. Muito disso é adquirido por conta da forma turbulenta que o mercado age sobre as carreiras femininas.
Todas essas características resultam em benefícios ímpares. Por exemplo, de acordo com o Fórum Econômico Mundial, se as empresas reduzirem sua desigualdade de gênero em 25%, haverá um acréscimo de US$ 5,3 trilhões ao PIB global.
A diversidade e inclusão influencia positivamente os índices econômicos, gera respeito e admiração do público feminino interno e externo, e ainda proporciona uma boa reputação perante o mercado.
Ou seja, o poder da liderança feminina reverbera não apenas para si, mas beneficia toda a corporação e a sociedade. Por isso é tão urgente e necessário que as instituições façam parte desse movimento.
Como fortalecer as mulheres na liderança na sua organização e combater a desigualdade de gênero
Vimos o quanto os desafios da liderança feminina são complexos e árduos. Mas, com uma boa gestão de RH, as empresas conseguem fortalecer essas mulheres e combater a desigualdade de gênero.
Segundo a Forbes, algumas corporações globais já estão implementando mudanças, como:
- Políticas de contratação voltada à equidade de gênero (27,3%);
- Políticas de apoio a carreira ou liderança para mulheres (27,4%);
- Posicionar-se perante o mercado (46,4%);
- Treinamento para líderes sobre como gerenciar o tema dentro das equipes (45%);
- Materiais informacionais sobre o tema (53%);
- Treinamentos ou debates sobre equidade de gênero (60,2%);
- Participação ou promoção de eventos relacionados ao tema (63,1%).
Esse assunto é o segundo mais abordado dentro das instituições, perdendo apenas para ações voltadas às PCDs.
A empresa consegue implementar tudo isso através, principalmente, da escuta. Ou seja, a empresa precisa parar e ouvir as mulheres do RH, da equipe de vendas ou de qualquer outro setor. Vale salientar que as mulheres representam 75% do setor de Recursos Humanos e podem contribuir para essa mudança.
Isso é essencial para que a dor delas sejam solucionadas por meio de ações assertivas e inovadoras, interligadas, inclusive, com a cultura organizacional.
Sobre a Convenia
A Convenia é uma HR Tech com soluções voltadas para otimização de tempo e custos das empresas. Seu objetivo é trazer alta tecnologia para o setor de RH, de forma acessível e prática.
Todo trabalho é feito para que os produtos evoluam junto com os clientes. Até porque, ao diminuir o tempo gasto com rotinas operacionais, as empresas têm mais tempo para as pessoas.
Atualmente as soluções da Convenia abrangem admissão digital, férias e departamento pessoal. Tudo isso através de um gerenciamento feito em um sistema em nuvem.