Inclusão feminina avança no setor, mas desafios persistem.
A presença feminina na construção civil tem crescido de forma significativa nos últimos anos, impulsionada por políticas inclusivas e lideranças inspiradoras. Dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) indicam que, em 2010, as mulheres representavam 7,8% dos trabalhadores formais do setor. Em 2021, esse percentual subiu para 10,85%. No entanto, apesar dos avanços, a desigualdade persiste, especialmente em cargos de liderança e na disparidade salarial, que pode chegar a 38,6%, conforme levantamento do Governo Federal.
A diversificação de gênero não apenas equilibra o mercado, mas também impacta positivamente a produtividade e a inovação. Estudos apontam que empresas com maior equidade entre homens e mulheres possuem até 15% mais chances de aumentar sua lucratividade. Esse cenário reforça a importância de acelerar a inclusão feminina na construção civil e na engenharia, criando oportunidades mais equitativas.
Mulheres que fazem a diferença
Diversas histórias de sucesso mostram que a liderança feminina está transformando o setor. A SH, empresa brasileira de soluções inovadoras para a construção civil, tem implementado ações voltadas à inclusão feminina e à ascensão profissional de suas colaboradoras.
Um exemplo é Nicole Borges Nascimento, Supervisora Técnica da unidade de Brasília da SH. Ela iniciou sua trajetória na empresa como estagiária de projetos em 2016 e, desde então, cresceu profissionalmente até liderar uma equipe diversa. Para ela, a presença feminina na liderança proporciona um olhar diferenciado para a inovação, gestão e sustentabilidade dentro das companhias.
“Mulheres costumam focar em processos mais eficientes, incentivar a colaboração e buscar soluções que otimizam recursos. No desenvolvimento sustentável, impulsionam práticas que minimizam impactos ambientais e melhoram a eficiência das obras”, explica Nicole.
Mariza Matos também construiu sua carreira na SH, ingressando como estagiária de engenharia em 2001. Hoje, ela ocupa o cargo de Supervisora de Contratos e destaca o desafio de equilibrar a rotina profissional e pessoal. “Hoje buscamos estar no mesmo nível que qualquer outro profissional, independentemente do gênero. Um dos desafios é a gestão do tempo, equilibrando a carreira e a vida pessoal sem comprometer aqueles que mais amamos, nossas famílias”, reflete.
Outra profissional que conquistou espaço na liderança é Gabriela Pardini, graduada em Engenharia Civil e com MBA em Gestão de Projetos e Processos. Ela iniciou a carreira como desenhista projetista de escoramento e, em 2019, ingressou na unidade de Belo Horizonte da SH como projetista. No ano seguinte, foi convidada a participar de um programa de desenvolvimento para assumir o cargo de supervisora.
“O conhecimento adquirido nesse treinamento, aliado ao aprendizado diário e ao suporte da equipe SH, me deu confiança para assumir a supervisão, sempre com a certeza de que a melhoria de processos é contínua”, afirma Gabriela. Ela também destaca a importância de ter referências femininas na liderança, citando a CEO da SH, Ruth Castro, como exemplo de gestão inovadora e sustentável.
O futuro da mulher na construção civil
O crescimento da presença feminina na construção civil reflete um movimento irreversível de inclusão e diversidade. Empresas que investem em capacitação e políticas de equidade tendem a fortalecer seus resultados e promover um ambiente de trabalho mais inovador. No entanto, há desafios a serem superados, como a equiparação salarial, a ampliação de oportunidades para mulheres em cargos de liderança e a consolidação de uma cultura organizacional mais inclusiva.
A construção de um setor mais justo e inovador depende do compromisso das empresas com a diversidade, garantindo que a liderança feminina continue a transformar a construção civil e impulsionar soluções sustentáveis para o futuro.