Conceito de aprendizagem contínua vai além do desenvolvimento técnico e mira desenvolvimento comportamental dos profissionais.
Embora o conceito de lifelong learning (aprendizado ao longo da vida, em tradução livre) ainda não seja amplamente conhecido por parte da população, essa expressão está cada vez mais consolidada no vocabulário dos especialistas em carreira. Na prática, propõe uma mudança de mentalidade, encorajando profissionais a adotarem uma postura de aprendizado constante ao longo de suas vidas. Isso significa que, independentemente do estágio em que se encontram, devem estar abertos e comprometidos em adquirir novos conhecimentos, habilidades e perspectivas de forma contínua.
De acordo com Tonia Russomano, sócia-fundadora e administradora do Andrade Maia Advogados, a busca por aprimoramento se alia com as demandas de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, que prioriza profissionais capazes de dominar habilidades em diversas áreas e de se manterem continuamente atualizados. “A busca por conhecimento contínuo não é apenas uma vantagem competitiva, mas uma necessidade permanente para profissionais e empresas que desejam se manter relevantes e adaptáveis. O lifelong learning é mais do que a simples aquisição de novas habilidades técnicas; trata-se de uma mentalidade, uma cultura organizacional que promove a curiosidade, a experimentação e a busca constante por melhorias”, explica.
Tonia afirma que o conceito vai além desenvolvimento do conhecimento técnico do profissional, busca também desenvolvimento das soft skills, que são o conjunto de habilidades comportamentais. De acordo com um levantamento da CareerBuilders, consultoria de Recursos Humanos, 77% dos empregadores ouvidos consideram que as soft skills são tão importantes quanto o conhecimento específico da área. “As empresas buscam cada vez mais esses profissionais mais dinâmicos, criativos e resilientes, capazes de se adaptar rapidamente às mudanças do mercado e de enfrentar desafios com confiança e inovação”, indica.
Universidades corporativas se consolidam como ferramenta
Dentro deste contexto de desenvolvimento contínuo, as universidades corporativas ganham cada vez mais espaço, impulsionando o crescimento e a inovação dentro das companhias. De acordo com o recente relatório do Great Place to Work (GPTW) 2023, 63% das melhores empresas para se trabalhar em 2023 têm uma universidade corporativa em sua estrutura.
Para Tonia, esses dados destacam a importância dessas organizações para a capacitação de equipes, refletindo um compromisso com o aprimoramento profissional. “Oferecer oportunidades de aprendizado e crescimento dentro da empresa ajuda a reter talentos e a promover o desenvolvimento de uma força de trabalho mais qualificada e engajada”, avalia.