Em um estudo conduzido pelo Itaú Educação e Trabalho, juntamente com empresas parceiras, 66% dos entrevistados acreditam que a falta de qualificação é o principal entrave para a contratação de jovens no Brasil
O mercado de trabalho muda constantemente e, em alta velocidade. Ficar estagnado e relutante a essas atualizações é fatal tanto para os negócios, quanto para os profissionais, pois esse processo acaba impedindo o sucesso da empresa e, ao mesmo tempo, a conquista de cargos mais elevados. Na busca permanente pela reinvenção das carreiras, o lifelong learning é a estratégia certeira para um futuro promissor frente aos concorrentes.
A educação contínua, quando traduzida, veio à tona em meio à nova dinâmica empresarial sentida nos últimos anos, principalmente impulsionada pela pandemia. Muito além do que valorizar apenas um diploma, mestrado ou qualquer outra formação, defende a necessidade urgente em nos mantermos atualizados em nossas áreas de atuação, buscando cursos complementares ou quaisquer outras fontes de ensino como estímulo à capacitação constante.
Motivos não faltam para compreender tal conceito. Em um estudo conduzido pelo Itaú Educação e Trabalho, juntamente com empresas parceiras, 66% dos entrevistados acreditam que a falta de qualificação é o principal entrave para a contratação de jovens no Brasil. Caso esse despreparo permaneça, o país terá 5,7 milhões de vagas sem funcionários com competência para preenchê-las até 2030.
Independentemente do segmento de atuação, o protagonismo profissional depende, inegavelmente, de um aprendizado constante. Temos que nos manter atualizados sobre as principais tendências, novidades e perspectivas do mercado a todo momento – tanto para permanecermos empregados diante de tamanha competitividade, quanto para alavancarmos e conquistarmos cada vez melhores posições.
Em uma comparação, de nada adianta um vendedor bater suas metas mensalmente, se não aprender as soft skills, ou habilidades comportamentais necessárias para assumir cargos de maior responsabilidade e ser capaz de gerir seus times, motivá-los para obterem melhores resultados, e acompanhar os processos periodicamente para analisar o que pode ser aperfeiçoado.
Para as empresas, as vantagens também são incontestáveis – afinal, o sucesso de qualquer companhia depende de profissionais preparados e qualificados. Quanto maior for o conhecimento técnico e comportamental dos times, melhores serão os resultados obtidos à curto e longo prazo, elevando o potencial do negócio e seu destaque corporativo. Quando combinados, esses fatores também favorecerão sua imagem no mercado, permitindo uma retenção e atração de talentos altamente eficientes e valorizados.
O estímulo ao lifelong learning deve ser conjunto, partindo tanto dos próprios profissionais quanto das empresas. Ao iniciar essa busca, é importante ter consciência de que não existe um canal específico para adquirir este estudo contínuo. Seja por meio de um livro, podcast, vídeo aula ou qualquer outro recurso, não faltam opções disponíveis neste mercado globalizado. Cada um possui seu próprio estilo e preferências, os quais devem ser levados em consideração ao escolher seu método de aprendizado. A curiosidade é, sem dúvida, o principal motor para o desenvolvimento profissional.
Devemos beber de amplas fontes de conhecimento diariamente. Apenas assim, teremos profissionais antenados e atualizados frente às constantes mudanças e exigências do mercado, permitindo que as companhias cresçam e prosperem de forma contínua.
Jordano Rischter é sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.